POSTAGENS

sexta-feira, 24 de maio de 2013

O PODER DOS PONTOS NEGROS

"Hoje você está tão linda, mas porém, esse seu cabelo está deixando a desejar! Este vestido é maravilhosíssimo, pena que não combina com a moda! Está tudo tão arrumado e perfeito, portanto, faltou alguns reparos no armário! Gostaria de tê-lo pelo resto da vida, no entanto, não me fale mais em casamento!"

Essas e inúmeras outras conjunções, são diariamente ouvidas pela maioria de nós, não é mesmo? As chamamos carinhosamente de "pontos negros"! É quando duas ou mais palavras não se alinham numa mesma contextura, causando falta de clareza e irritabilidade. Apesar de serem despropositais ou atrevidas, o fato duma frase conter períodos discordantes, para algumas pessoas, tornam-se confusas, duvidosas e chatas. 
Muitas conjunções aderem relações de dependência, para que se complete seu conteúdo e envolva maiores esclarecimentos. Contudo, a maioria delas geram controvérsias, distorcem conceitos, criam ênfases, complicam resultados e baixam auto-estimas. 
São vindas dos famosos irresolutos, hesitantes, impulsivos, criticadores e indisciplinados! Os chamados "sem noções"! Alguns, na sua crise interiorizada ou na sua inferioridade não revelada, repassam ao outro sua influência negativista! Iniciam-se orações gloriosas, no objetivo de bajular, adular, favorecer ou lisonjear servilmente, terminando-a de forma grotesca, brusca e desnecessária; alterando, assim, a sua fragrância, compreensividade e exatidão.
Embora sejam consideradas insignificantes e naturais, essas conjunções, de fato, deveriam de trazer ligamento à fala, e não serem prendas para desordens, contradições, embaraços e repulsas! Nossa maneira de exprimir deveria ser "sim sim"  "não não", e nunca "talvez". A dúvida nos tira do foco, gera questões mal arranjadas e traz incoerências, que, na sua vez, repassam maus fruídos e adjetivos desnecessários! 
Vivemos num mundo imperfeito, prevendo indícios desconhecidos e momentâneos, tendo ciência de que somos revestidos de qualidades e defeitos, pelas quais, não nos isentam de sofrermos comparações, bajulações ou críticas. 
Todavia, a diferença entre conjunções e pontos negros se dá na impressão, influência e segurança de seus ditos sucessivos! Deixemos, então, a fraude de lado, dando lugar a moderação, o respeito e a sapiência! Não é a toa que funcionamos como sujeitos, substantivos e pronomes! Além de que, não somos motores mecanizados e nem robôs autômatos!  
Cada categoria tem sua própria conjunção, desde que se cumpra o papel de socialização, equilíbrio e sensibilidade! A alteração propositada da verdade não traz vista aos cegos, e nem induzem ao bem ou à virtude! Que nossas conjunções sejam relações sinônimas, e não ambíguas, discordantes e desconexas! Lembrem-se que uma frase vinda sem sentido, causa estragos, destrói amizades e corrompe boas histórias!!

                                                                                            Gláucia Cardoso

terça-feira, 21 de maio de 2013

HOMENS DE RUA

Os pés calejados se atolam na eira! As mãos estão  imundas, ásperas e cheias de calos! Decorando os corpos amontoam-se trapos, papelões e jornais! Sobre os lombos cansados carregam peças de abrigo, encardidas ou feitas de farinhas de saco! Não se vê bocas saudáveis, nem dentes fortes, nem barbas aparadas e nem barrigas sadias! A desnutrição é clara, induvidosa e absurda! Sobrevivem de lixos, dependem de estatais, moram em viadutos e fazem mendicâncias!  Percebe-se nos bolsos alguns míseros reais, equivalentes a quase um mês de salário! Grande quantia se fará necessária para saciar seus descendentes! No almoço sempre falta feijão, arroz e pão! Às sobras são poucas, e a barriga reivindica melhor nutrição! O sal de seus corpos é nojento, seus cheiros são insuportáveis, seus hálitos tem fedor de estrume, suas petições são incomodativas, pouco lisonjeiras e ensebadíssimas! Dormem feito porcos por debaixo de pontes, se fazendo de casas! Perambulam sem destino certo, guiados por seus ébrios amargurados e pela cachaça maldita! A sociedade exigem-nos respeito, quando os condenam, os desaprovam ou os amaldiçoam, desfavorecendo-os e os mandando para o espaço! Suas imundícies incomodam o povo, afetam as crianças, dão náuseas às moças, repugnam os rapazes e aborrecem os idosos!  As ruas estão cheias deles, homens de rua, insensatos sem pátria, sofrendo tribulação, perseguição e angústia! Quem se importará com suas tristes vidas, a não ser os recicláveis, os latões e os lixões? A vida é dura, duríssima, e a batalha é imensa, imensíssima! O preço pago é a sujeição, ingratidão, repulsa e miséria! O quanto sofrem! O quanto estão perdidos! O quanto precisam de ajuda! São criaturas como nós, que não apresentam grandes diferenças! Do pó eles também foram criados, e assim, como qualquer outro, não levarão nada desse mundo! O calor do dia lhes sobem as ventas, edificando a cintura e as veias de seus pescoços! A noite então logo cresce, trazendo seu zumbado friento e tenebroso! Dai eles dormem àquele seu sono costumeiro e misterioso, enquanto aspiram as paredes lambuzadas de mofo, de fezes e de urina!!
                                                                                        Gláucia Cardoso    
                    
                                                                                                                                                                                                                       

segunda-feira, 20 de maio de 2013

AS DECISÕES ERRADAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS!!

Eu sofri, sofri muito por ser rejeitado! Não era para ser assim, mas deixei que tudo acontecesse! Estúpidas decisões, malditas lembranças e resoluções tomadas! Eu tinha de tudo: uma boa mesada, um belo carro, prazeres e luxúrias ilimitadas! Era o perfeito, a demasia excessiva, o melhor de tudo e o bem sucedido! Era o próprio cara, o queridinho da mamãe, o favorito numa família de zumbis e desestruturada! Meus bens vieram-me sem esforço algum! Não tive que lutar e nem me esforçar para obtê-los! Consegui as maiores notas às custas de negociantes e charlatões! Fui o melhor no volante, o mais rápido, o mais ágil, o mais ousado e o mais sortudo! Não sofri críticas, nem oposições, nem queixas e nem interjeições, só bajulações, por ser filho de pessoa pública!  Minhas amizades triplicavam-se semanalmente, voltadas pela regalia, posição social, status, beleza e pelo meu título! Gozei das melhores milícias e das melhores posições; abusei do poder físico, da astúcia e da influência! Fui ousado, disposto e dinâmico! Meus pais nunca se incomodaram com isso! Eram permissivos à tudo que fazia! Quanto aos que falavam de mim, não passavam de acusadores invejosos, amantes de mentiras, pregadores de leis ou gentes religiosas - hoje vejo os seus valores. Desuni-me a eles, cambada de urubus, corja de superperfeitos e classes não privilegiadas! Suas moralidades e disciplinas faziam-me cócegas, quando me arrotavam as suas práticas, suas instruções e seus ensinos desnecessários! Por isso, desafiei-os com roupas à moda de fora, sendo merecedores de insultos, palavreados e culminâncias ostentosas! Eu era o próprio rei!! Minha percepção de vida era alta, esnobe e excelsa! Tive os melhores brinquedos, e abusei das melhores escolas e hospedarias! Dava valor à propriedade, a carrões de luxos e a pessoas bonitas! Brevemente herdaria os negócios de família se não fosse esses malditos vícios, as quais me sujeitaram à escravidão! Isso me preenchia o vazio, acalmava minha alma e despertava meus ânimos!! Não pude fugir, porque tinha que mostrar o meu poder, a minha honra e confiança! Por isso, me apeguei à prática doentia dessas miseráveis drogas, ligando-me aos seus malditos ramos! Era uma sensação gostosa, um prazer absoluto, necessário e espontâneo! Ninguém poderá culpar-me por isso! Era o caminho que escolhi e a decisão que havia tomado! Tudo na vida me vinha tão fácil, ganhando-a sem esforço algum e gozando dos mais altos privilégios! Fui um exclusivista! Não existia motivo algum para não me envolver com tais práticas viciosas! Era tudo tão prático, tão perfeito, tão viciante e de livre acesso, que realmente facilitei aquilo que futuramente me destruiria! Daí, caí em contradição! Endividei-me, revoltei-me e associei-me à essa libertina prática viciante! Apeguei-me aos delinquentes, favorecendo-me de seus exemplos! A sociedade dirão que não minto, por terem me servido de iscas, de cobaias e de vítimas! Não tinha nada o que pensar e nem nada o que fazer! Eu vivia o meu mundinho materialista e conturbado, num alto grau aquisitivo e num comportamento endiabrado! Agora sinto-me rejeitado, triste e só! A alma parece sugar-me o espírito, estando enjaulado nessas grades prisionais e perdido no meio do nada! Meus pais estão confusos, arrependidíssmos por suas instruções erradas, suas cumplicidades e seus amores excessivos! Tornei-me um impulsivista, um praticante de fraudes e de delitos! Gostaria que o tempo retrocedesse e me desse nova chance de vida! Preciso redimir-me urgentemente e voltar para minha infância! Foi lá a base de tudo, o princípio e a minha origem! Eu cresci idolatrando o "mais fácil", o "tudo pode" e o "tudo é permissivo"!
Quero recomeçar nova história e compô-la de modo honesto, íntegro e difícil! Não me esforcei na vida, porque não tive que aprender crescendo! Tenho conhecimento exato que o dinheiro não facilita o progresso e nunca será mais importante que a vida!  Se soubesse disso, não estaria perdido, carente e esgotado pela má experiência, burrice e pela pouca sorte! Sinto uma felicidade estranha, algo diferente do que sentia antes, por ter adquirido finalmente esse conhecimento! Podemos ter toda habilidade, todo dinheiro, todo prazer e toda boa fama; mas porém, se não existir consistência, humildade ou esforço, certamente nunca colheremos as melhores rosas! Essa é uma boa notícia, uma excelente mensagem à quem realmente não quer se destruir nesse mundo! No entanto, posso estar seguro que ainda me resta a esperança e um novo caminho a seguir! Posso ser mais um verme no mundo, um parasita sensacionalista e de má qualidade, ou um presidiário arrependido, mas nunca deixarei ser derrotado novamente pelas drogas! Não quero isso e nem ser privado de nada, porque já tenho que pagar um preço alto pelos meus danos e minhas escolhas erradas! O importante é que aprendi sofrendo, mesmo sido por meio de prisões, tribulações e devastações! O que acontecerá daqui pra frente, só o Criador dará por mim àquilo que já lhe tem revelado no princípio!
Por favor, atentem-me a esta mensagem quem está se achando um senhor de tudo ou um gatuno exclusivista! Esta vida não é fácil! Os explosivos estão camuflados no solo, podendo ser detonados a qualquer hora ou a qualquer momento! Assim, mediante minha prática de vida vou continuar lutando e me esforçando!  Conceberei a esperança, aniquilarei todas as chagas e ressuscitarei a sorte, estando convicto que o meu triunfo, sucesso e prêmio brevemente serão restaurados!! Afinal, não é a toa que aprendi errando e me consertei apanhando!! (Experiências de um jovem libertino)
                                                                                              Texto de Gláucia Cardoso


SER JOVEM OU SER VELHO: EIS A QUESTÃO!!

O transcorrido tempo que existiu outrora, pela sucedida época que se faz agora, são sinônimos autentissíssimos, ligados pelo momento histórico e único. Nota-se um equivocamento entre o que é "novo" e o que se faz "antiquado", levantando questões desnecessárias e absurdas, como se isso fosse de menor importância! Mas não é! Podemos dizer que são coisas oriundas da naturalidade, transições originárias dos tempos prescritos, pelas quais todos nós passaremos! As épocas estabelecidas "existem", "existiram" e "existirão" como formas de renovos ou períodos de transformações, relações, equilíbrios e desenvolvimentos. Todos nós nos incluiremos nisso! O chamado "hoje" sempre se fará necessário, no intuito de alavancar o tempo futuro, sendo exclusivamente único, insubstituível e singular! Afinal, não podemos desandar nossos cronômetros! Os anciões representam aquilo que os jovens se tornarão no futuro: práticos, sabidos e experientes! Além de que, tudo é passageiro e corre muito! Não há nada o que mudar e nem nada o que fazer! Ao longo do caminho cultivamos dons, esnobamos paciência, doamos sabedoria e nos esforçamos, tornando-nos escravos dos tempos verbais! Essa é a verdadeira prática, sabedoria e magia da vida! O ser "jovem" não excluirá o efeito futuro de envelhecimento, tornando-o desusado também. Somos originados duma mesma carnalidade, num processo natural da criação Divina! Nascemos para crescer, propagar e produzir frutos, num desenvolvimento gradual e ininterrupto! Nos metamorfoseamos ao longo das instâncias, sem nunca nos isentarmos disso! O nosso caminho tornou-se um largo aberto, um local onde se passa ou se transita, numa forma obediente de trocas e transformações! Por isso, não se ensoberbeça na sua vaidade, jovialidade e futilidade egoísta! Lembrem-se que somos alteráveis, sendo partes do antes, do agora e do depois!  
Fomos crianças, nos achamos adultos e nos tornaremos antigos também! Nossa pele, que hoje se faz rosada e macia, se tornará menos espessa, seca e enrugada. Nossos cabelos, jeitosíssimos e arranjados, se tornarão minguados, calvos ou esbranquecidos. Nossa audição, que se faz fenomenalmente alerta, se tornará encolhida, falha e redutiva. Nossa voz, tão bem disposta, autêntica e atrevida, se tornará frágil, murcha e desentonada! Mas, e dai? Por acaso, essas mudanças poderão nos descaracterizar? Claro que não!! Afinal, não é a toa que existem jovens de oitenta anos e velhos de vinte e dois! É claro que sempre existirão diferenças físicas e opiniões contrárias! As vontades poderão sim mudarem de forma! Os lugares, por exemplo, poderão passar a ser outros, bem mais calmos, descomplicados e menos arriscados do que os de antes! As músicas torna-se-ão macias, serenas e expressivas harmoniosamente, contrariando os passos frenéticos da mocidade! Qual é o problema disso? Tudo gera transições, fases e proveitos, desde que essas exceções não virem regras absurdas ou comparações! Sugiro jovem, que, no presente momento, viva a sua ousadia jovial com harmonia, tendo conhecimento exato das normas de respeito e educação para com os mais velhos! Tudo é passageiro, sabendo que diariamente sofremos mutações! Assim, jovem e velho, cultivemos um dia de cada dia, valorizando às transformações, às condições físicas e às transições psicológicas que, naturalmente, sobrevirão à toda existência humana!! DÊ UM BASTA NA REJEIÇÃO, VALORIZANDO MAIS O SER HUMANO!!                          
                                                                                             Gláucia Cardoso

quarta-feira, 15 de maio de 2013

ABANDONO CULTURAL

ÀS REGÊNCIAS GOVERNAMENTAIS RESPONSÁVEIS PELAS LETRAS, ARTES, E EXPRESSÕES DO PAÍS!!
OS MEUS SINCEROS CUMPRIMENTOS!!
Sabemos que o Brasil é uma pátria livre, ampla e reservada, defendida por povos totalitários e sociáveis! No entanto, um país que se esforça igualmente e que goza de liberdade no seu vigor contínuo, na sua capacidade superativa e no seu desenvolvimento progressivo, atualmente carece de recursos e gestões artísticas, devido à tão famosa cultura desestimulada! - Grifo meu.
Até pouco tempo, nossas manifestações eram permissivas, desde que se cumprisse o papel de socialização, normas e obrigações, como um todo! Quanto as nossas relações, apesar de aguardadas, eram legítimas, autênticas e espontâneas, aderidas por éticas, critérios, privilégios e objetivos, conseguidos por puro esforço e dom! Tudo era alcançado com ousadia, talento e persistência, contrário aos dias de hoje, cujos recursos são estreitos e dificultáveis, obtidos por títulos, posses e, principalmente, por numerários! Todavia, para um país subdesenvolvido como o nosso, isento de guerras religiosas, de contradições medíocres, de forças armadas e de atentados a bombas, não deveria de estar sendo desamparado!
Exemplo disso é a famosa literatura brasileira, que, ao longo dos anos, vem perdendo espaços, sofrendo rejeições e mudanças de comportamento! A nossa linguística transformou-se nisso: num caus desastroso, numa gramática informal, corrupta e caprichosa! Nosso português definhou, ilegalizou, desleixou, vulgarizou e abreviou, graças à desvalorização social e ao abandono cultural! É triste! - Ousadia minha.
A literatura esvaiu-se das prateleiras, dando lugar ao modernismo trivial e virtual, ao erotismo, as obscenidades e as pragas destalentosas! Vivenciamos uma geração perdida, desinteressada e às favas, na sua plebe crítica e no seu populacho libertino, rodeado por vícios, eletrônicos e modismos! Antes, autores eram considerados pontos de referência ou destaques, enquanto hoje não passam de artistas retardatários, fantasistas literários ou oportunistas! Suas tentativas são devastadas e suas perspectivas vem sendo vergonhosamente frustradas! O dinheiro passou a ser o ponto "X" para se alavancar talentos!
Presumo estarem sendo desperdiçados os valores, se ligarmos o nosso conteúdo talentoso com à falta de oportunidades! Nosso chamado Brasil, na sua esfera totalitária, humana, política e social, é um país que merecia ser imitado e ser destaque! Mas, infelizmente, não é isso que temos visto por ai!
Por outro lado, não é certo generalizarmos o país tratando-o com desrespeito! Mesmo que seja apenas a minoria, podemos conscientizar que, no meio de uma corja de engravatados materialistas, ainda existem homens idôneos e valentes, administrando nossa pátria com suficiência! São os chamados patrióticos recatados e prudentes, que não fazem alarde, não se corrompem e que se doam em prol de um Brasil transformado, magnificente e exemplar! Nisso não tenho dúvida! No entanto, vale lembrar que minorias não fazem um todo, devido a sua inferioridade em número!
Por isso, amando este país maravilhosíssimo, continuarei sendo audaz no falar, tendo ciência que a nossa cultura, esquecida à tempos, brevemente será ressuscitada e restaurada, assim como nos outros países, que aderem uma postura eclética, acadêmica e ajuizada, dando importância à iniciantes e conferindo honras à grandes escritores, poetas, editores, artistas, músicos, desenhistas, tradutores, pintores e as demais práticas levadas pelo dom! É isso ai! Nesse lugar considerado o país do futebol, globalizado, diversificado e independente, temos que levar em conta a necessidade de se expandir dons, descobrir talentos e buscar resultados! Começando por nós, depois por nossos dirigentes, que, na sua vez, nos disponibilizarão recursos, investimentos, ferramentas e critérios direcionados à grande hierarquia anônima de literatos; garantindo-nos promoções, divulgações, acessos e tecnologias rápidas; favorecendo os meios culturais, para que, finalmente, sob reafirmem, esta nova prática, à nossa identidade humana!

SALVEMOS, ENTÃO, A NOSSA TÃO QUERIDA E DESPERDIÇADA PÁTRIA!

                                                                Gláucia Cardoso


segunda-feira, 13 de maio de 2013

MEUS LIVROS


AMOR DISCRICIONÁRIO!!

"Amor perdido, inimaginário, louco, alienado e indiscutivelmente mágico! É assim o termo discricionário! Não se há aborrecimento algum, nem argumentos, nem discriminalidades, nem prescrições e nem praxes, no seu refratário de cores, luzes e entonações variadas! Eta sentimento mais belo, mais apaixonado, mais amplo, mais legítimo, mais sólido e mais profundo! O coração e as artérias se agigantam, assediam e se agitam, com movimentos ligeiros e involuntários! A poesia cresce, entrelaça-se e torna-se dinâmica! Na sua simbologia, o amor não é uma coletânea, nem um ingresso, nem uma especiaria, nem um ingrediente, nem uma droga e nem um alucinógeno! É a lembrança daquilo que se viu a pouco tempo; é a metade que se consegue de outras metades; é o melhor aroma que se consegue das flores; é a cura física, moral e psicológica; é coisa extraordinária, fantástica, exclusiva, intensa e prazerosa! Num simples descuido, inicia-se um entrelace de mãos; depois, fatalmente surgi o beijo! Daí, o corpo assedia-se, entrega-se e sofre evoluções. As pernas decorrem-se sucessivamente, tornando-se bárbaras, quânticas e ligeiras. A voz se faz trancada, baixa e estremecidíssma! Os braços aderem-se às asas de uma pluma! Os olhos escandalizam-se, eletrocutados pelas radiações! A voz se prende ante lábios trêmulos! O suor castiga no seu humor aquoso! É isto ai! O amor é tudo isso e mais um pouco, indo além do romantismo, da leveza d'alma e da paixão estremecedora!!! Amar é tragar o efeito de sentir, reconhecer, considerar, preencher e levitar, experimentando mudanças, alterações físicas, trocas espontâneas e um mundo de delícias!!"
                                                                                          Gláucia Cardoso 

AJUDAS DESNECESSÁRIAS!!

"Será que estou sendo injusta? Eis a questão! Durante o ano ocorrem mutações, mudanças e transformações na terra; sendo fato criado, visto e realizado! Ninguém jamais poderá mudar isso! Ou pode?
Em meio aos trezentos e sessenta e cinco dias ocorrem fenômenos surpreendentes, como as quatro estações, o nascimento e o por do sol, oscilações climáticas e fases de lua! Pois então! É assim que somos e fomos criados, na nossa plenitude e capacidade humana de atuar livremente sobre as escolhas! Alguém tem que ceder, agir e pensar, não é mesmo? As coisas passam rápidas demais e são indeterminadíssimas! Os nossos problemas, as nossas frustrações e as nossas ambições são coisas íntimas e não pertencentes a muitos! Afinal, somos derivados de livre-arbítrios, ao qual nos possibilita usufruir de resultados bons ou ruins! Podemos escolher amar e não amar, sorrir e não sorrir, mentir e não mentir, aprender e não aprender! Acaso, não fazemos seleções?
Sabemos que não são os medos que nos assustam, nos desencorajam e nos aborrecem, mas, tão somente, as nossas decisões! Sugiro que estejamos fortes e que continuemos nos empenhando o máximo! Não podemos fazer nada por ninguém, e nem ninguém poderá interferir nos nossos atos! Sobre as nossas escolhas, limitações e decisões, haveremos de colher resultados surpreendentes ou não, levando em conta o que temos semeado diariamente!
Precisamos urgentemente de amigos que nos aprovem, nos ajudem, nos levantem e nos amem consideradamente! No entanto, somos intoxicados por insensatos, por interesseiros e por estrategistas, que nos reprovam, nos aborrecem, nos condenam e nos admoestam malevolamente! São os famosos inconstrutos, volúveis, inseguros, imprudentes, impensáveis e instáveis! Nisso o mundo está cheio!
De alguma forma tentam aliciá-lo, expelindo-o, vomitando-o ou o lançando para o abismo! São as chamadas pragas importunas, intenções malditas e ajudas desleixadas, que não se afastam de nosso convívio!
É aconselhável nunca acreditarmos no mais fácil ou naquilo que se consegue obter sem grande esforço! Além de que, não serão duas fatias de pão, um cobertor para o frio, um prato de feijão com arroz ou um vestuário adequado que nos encherão as latas do dia a dia ou nos suprirão o vazio no peito! Digo que amigos não são os que nos cedem coisas esperando por trocas ou compensações, mas sim, aqueles que nos oferecem instrumentos necessários para alcançá-los dignamente, vindos de nossa própria força, vontade e necessidade!
Afinal, o verdadeiro amor corrige, instrui, disciplina, açoita e admoesta benevolamente! Aquele que dá de graça não edifica, tornando-se alcoviteiro! No entanto, aquele submetido à disciplina, torna-se edificado, próspero e íntegro, encontrando recursos para se produzir frutos de ótima qualidade e para se alcançar bons resultados!"
                                                                                                  Gláucia Cardoso
  

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O CUSTO DE NÃO PERDOAR!

"O dia não foi muito claro, e nem será mais o mesmo! Ele se fechou, dissolveu e exalou, deixando-me, apenas, o teor de seu crepúsculo. Olhando pela janela, vejo a solidão vaguear no horizonte, no seu tenebroso, sombrio e misterioso isolamento! Minhas vistas se mostram cansadas, embaraçadas e confusas. Os lábios estão tomados de cola, e as mãos, tombadas sobre o prumo do pescoço. A visão é abusiva, sistemática, absurda e desleixada! O descontrole é total e cresce deliberadamente, tornando-se imenso! Também pudera! A ofensa recebida não tem perdão e nem preço! Garanto que nunca mais se adicionará a minha lista! O enfado e a chatice foram embora! Jamais incluir-me-arão os seus problemas! Minha posição e honra foram finalmente assumidas, porque fui mais ágil, mais forte e mais determinante que ele! Ninguém me passará mais as pernas! O aborrecimento, a ira e o tédio foram lançados para fora de minhas relações! Não existe mal nenhum, nem tropeço, nem desordem, nem acusação, nem mentira, nem dúvida, só glória! Isolei-me, incomuniquei-me, evitei-me, limitei-me e afastei-me de sua convivência! Lavei a minha honra! Não perdi, em nenhum momento, as minhas forças; não recuei ante ofensas, nem demonstrei medo algum; apenas coragem! Porém, meu inconsciente continua intranquilo e fraco, não sei bem o que é isso! A pouco fui arrogante, defensor, calculista, enobrecido e juiz! E agora estou perdido no meio do nada, no ermo e na amargura! O que me serão essas coisas? Minha desordem mental é imensamente estranha! Não tenho mais atitude, nem limite e nem compromisso com o mundo! Meu coração arde em chamas! É terrível! Sinto-me amarguradíssimo, vulnerável, sem graça, rejeitado, culpado e triste! Não consigo apagá-los de minhas entranhas! Meus amigos simplesmente desapareceram, deixando-me às custas dessa maldita cachaça! Estou bloqueado pelo meu ofensor que me agrediu psicologicamente! Bebo em prol dele, ora pro bem dele ora pro mal dele! Estou confuso demais! Por que isso agora? Fui eu que sofri danos, acusações e fui entregue ao abatedouro! Fui eu a vítima, o injustiçado e o caluniado, e ele o zombador! Então, qual a razão da minha inquietude e angústia? Sinto vontade de brigar novamente ou abraça-lo covardemente! Por que devo perdoar alguém que me destratou e aderiu-me com discrepância? É incompreensível! E agora, do nada, transformei-me nisso: Num réu confesso, louco e arrependido! Tornei-me como meu agressor, um indivíduo tolo, vazio, queixoso, irritante, áspero e só! Estamos ligados ao outro, acusado e acusador, sendo recíprocos, cúmplices, irresponsáveis e durões!  Será que este meu agravante conseguirá me perdoar pelo que fiz a ele hoje? Ou não seria melhor que lhe ordenasse o perdão, quanto ao que fizera comigo antes? Estou violando as regras, os princípios, as leis e caindo em contradição! Achei-me de vítima, e agora, transformei-me num acusador! Inverteram-se os papeis! Tudo isto provém de meu vazio, consciência e sofreguidão! Este é o custo de não saber perdoar para ser perdoado!
Estou por conta do meu juízo, da minha amargura, da minha angústia, da minha arrogância e da minha chatice, olhando fixadamente para os trilhos da janela entreaberta! Não deveria ter brincado de Deus! Nem foi bom ter assumido o papel de juiz! Além de que, nem eu e nem ele somos julgadores, nem soberanos, nem árbitros, nem poderosos e nem perfeitos! Aprendi a lição! Devemos realmente perdoar para sermos perdoados! É a lei Divina! É a meretriz do perdão! Não nos tornemos castelos de pedra e nem depósitos de aflições! Perdoar pode até ser escândalo, fraqueza e covardia para muitos; mas a doçura, a leveza e o sossego da alma perdoada, engrandece, purifica, favorece e trás vida ao espírito! Assim, caminhemos na luta diária, numa só igualdade, em busca da evolução, da reconciliação, da pureza e da harmonia!!"
                                                                                   Gláucia Cardoso 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A INDIFERENTE DIFERENÇA: "NÃO SOMOS MELHORES QUE NINGUÉM!"


Não somos melhores que outros e nem piores que ninguém! Sabemos distinguir valores de recursos e pessoas de coisas, limitados por nossos termos confusos, costumeiros e doutrinais. Nossos padrões são automaticamente aristocráticos e a nossa ética bem seletiva, em se tratando de grupos ou litígios.  
Todavia, é de suma importância nos valermos de nossas imperfeições, para que saibamos lidar com indiferentes diferenças!! Somos meretrizes de erros, de complexos e de enganações; criaturas maledicentes, ocas e destemperadas, presas num mundinho pecaminoso, pervertido e de cão. Somos frágeis, intransigentes, intolerantes e caprichosos; indivíduos problemáticos, frustrados, evasivos e só! 
Por isso, o motivo de nos auxiliar aos recursos práticos da integração e aceitação social; lembrando que, esses subterfúgios, não são milagreiros, e sim, usados como guias, para estudos ou como técnicas de relacionamentos.
O mundo é uma esfera armilar, nisso já sabemos, com quase todos seus seres desejando veementemente grandes riquezas em grandes promessas! Vivemos à mercê do materialismo, aspirando resultados rápidos e esperados, independentemente daqueles feitos por conquistas esforçadas! Rejeitamos a  disciplina, a prevenção e a autocritica, adotando uma postura radicalizada.
Hoje fala-se de amor às rebarbas, criando ênfases exageradas, acentuadas e corrosivas, às custas de um discurso bem dito. Pelas leis mecânicas do homem somos domados de movimentos e equilíbrios; porém,  pelas faculdades morais da alma, achamo-nos insensatos, pluralistas e mal falantes! Então digo-vos: Deveríamos nos favorecer à custa de tropeços? Quem sabe sim quem sabe não! Lembrando que o sucesso origina-se de erros e nunca de supras perfeições!
Vivemos sujeitados a suportes e a reparos, sendo, a esperança, o único e confiável condutor para a transformação de almas! Ela é responsável pela nossa edificação, disposição, confiança e virtude, gerando indivíduos fortes, exempláveis e valentes!
Somos tão sutis como idealistas, tão confiantes quanto quânticos ou moralistas! Nossos costumes são autênticos e exclusivistas! A coragem sobressalta-nos a mente, ainda em formação, gladiando-na sorrateiramente. A guerra sob existe em nós para com nós mesmos, por causa do homem singular, atrevido e debochado!! Mas nada sem solução, culpa, cura ou vergonha, não passando de exibicionismos, coisas banais ou simples aberrações!
 Perdidos na imoderação do erro, do modismo e da língua afiada, nos rasgamos, nos ferimos e nos entediamos acentuadamente!
O mundo é-nos esse zoológico, dotado de cascavéis com naturezas de feras! As coisas nos são permissíveis, mas bem pouco aproveitáveis!  Tiramos lucro do “tudo é fácil” ou do “tudo é lícito”, e, conseguintemente, vamos nos perdendo pelo álcool, pelas drogas, pelo modismo e pela prática libertina dos vícios! Exigimos coisas grandes dos outros, maculando suas consciências analfabetas, até que se rasguem e confessem seus pecados, voltando, então, piores do que eram!
Esse simples ato de medir comportamentos estabelece-nos comparações, uma vez que, diariamente, confrontamos com indivíduos que nos assemelham! Contudo, pondo-nos exteriormente em desigualdade, nos envaidecemos no mais alto grau de perfeição, desfavorecendo, assim, àqueles pertencentes à nossa mesma categoria pecaminosa!
É assim que somos e nos encaixamos: indivíduos desrespeitosos, insolentes e acusadores; enclausurados num mundo conturbado, frio e fascista! Por parte, somos também exclusivistas e temperamentais,  achando-nos excelsos, sem mácula, culpa ou vergonha; julgando pessoas, coisas e fatos, nas quais nunca deveriam de estar sendo publicadas! 
As comparações existem sim, tornando-se visíveis quando transgredimos leis, normas e obrigações, numa autocritica destrutiva e injusta, achando-nos únicos, insubstituíveis e bem melhores que outros, numa sensação de domínio, capricho ou de soberba! ”Pura estupidez!!"
Para quê ou para quem nos transformamos? Somos melhores que outros ou bem mais alto que vós? A menos que aprendamos a assumir nossas imperfeições, fraquezas, perversidades e transgressões, nunca seremos capazes de sonhar sonhos altos! Assim dizem os poetas ecléticos e os escritores compulsionalistas!
Defeitos são partes integrantes de um indivíduo que logra boa saúde! Nisso não temos dúvida! Julgar é tirar os olhos de si mesmo, mediante peso de sua própria libertinagem, imundície e imperfeição! Lembrem-se que somos peregrinos e que bondades não se vendem, se repassam!  Leis não se guardam, se aplicam! Valores não se acham, se constroem! Vitórias não se compram, se alcançam!
Toda má advertência torna maior a sua condição de pecador, numa tentativa frustrada de se auto redimir! Assim, vamos nos prendendo à preeminência de nossa vaidade, mentira e insensatez! É a sorte de quem acusa o inacusável, e aponta o não apontável,  achando-se mestres de leis ou juízes. Por conseguinte, juízes são aqueles que preparam processos, para presidi-los numa comarca sobre provas e autos, a fim de entregar ao réu a sua sentença judicial. Contudo, mesmo eles, precisam de conciliadores, testemunhas, acusadores e defensores!
E então? Consideraremos melhores que eles? Haveremos de nos agigantar às custas de julgamentos precipitados? Acho Péssima ideia! Bem sabe que nossos passos são testados diariamente por outros, que na sua vez, repassam a outros, depois outros e outros, indo-se assim redundantemente.  
Como ficará, então, o nosso julgamento, quando nos encontrarmos frente a nós mesmos? Qual o motivo de sentenciarmos a quem nos assemelha? Não somos, porventura, pessoas livres e de uma só formação? Não estamos constituídos dos mesmos padrões genéticos e duma mesma estrutura óssea, como pele, carne e sangue? Não nos alinhamos numa mesma reta e numa só circunferência? Não determinamos à extensão de nossos passos e de nossa língua? Quem se acha capaz de medir um palmo de sua vida, a não ser Àquele a quem originou-a pelas mãos? Acaso, é tão melhor que outros, ao ponto de  se esquivar de comida, de água e de frio? 
A verdadeira essência é esforçar-se ao máximo!! Por isso, não se ensoberbeça e nem tente atirar pedra aos porcos! Suas percepções tem que ser claras, autenticas, saudáveis, transparentes e legítimas, e não subestimadas pela claridade frouxa de seu crepúsculo!
Tudo na vida é passageiro, sumarizado e se transforma! Contudo, temos que ser sensatos, simplíssimos e ajuizados, não precedendo sentenças a ninguém. Antes, sentenciemos a nós mesmos! Só assim, notaremos o enorme peso de nossa imundície, tornando-nos leves, vistosos e livres de opressões!!                                                                                     Gláucia Cardoso

terça-feira, 7 de maio de 2013

MOMENTOS ROMÂNTICOS!!

"No calor de peles agarradas, sentimos o pulsar das veias inquietas conduzindo o sangue ao coração! Os nervos parecem gelatinosos, ligados pelas correntes elétricas das artérias! O suor castiga a pele, centrado no seu jato úmido, quente e baforento! Nossas aparências são voluntárias, e nossas sensações são prazerosas! As línguas se aquecem nas bordas dos lábios úmidos, cobrindo os dentes rizos e rangentes! Quanto às mãos, ficam acariciando as veredas da pele quente, revelando abertamente às sensações e os contornos do corpo! Há uma grande dedicação e um enorme cuidado com as palavras, frases e normas de pontuações! Nosso entusiasmo é grande, ele cresce e avança deliberadamente, fazendo o amor surgir em prestações! Tudo é novo, mágico, perfeito, pleno, completo, puro e verdadeiro!  Nosso coração pulsa e bagunça, pisoteado pelas fragilidades do íntimo e pelas aproximações mutuas! A paixão, que era aos fiapos, reduzida e sem importância, agora cresce tempestosamente! Nossa companhia é agradável, mútua e duradoura, estando ligados e presos pelo troca a troca! Não se há crise alguma, nem inveja, nem problemas, nem ciumes, nem cobranças e nem abusos; somente cumplicidades, parcerias, gozos, alegrias e momentos juntos! Nosso amor se tornou isso, um grande volume de sensações e prazeres, que nos abobam, nos desnorteiam e nos enfraquecem o juízo!!"  

                                                                           Gláucia Cardoso

SOMOS O QUE SOMOS!!

"Temos um segredo oculto, a chave mestra de nossas almas, a odisseia perdida de nossos mundos! 
Algo tão astuto, legítimo, ardente e profundo!
Somos utensílios fora de peças, manuais em liquidações, princípios de fundamentos, objetos sem perfeições!
Somos aventureiros e volúveis, sinais gráficos para artigos, andarilhos guiados por plumas ou por cordões!
Somos como cisnes galantes, tão macios, aquáticos e errantes!
Não temos espécie alguma, nem preferências exageradas, nem fundamentos ou prescrições; só revelações!
Somos seres desestruturados, loucos e apaixonados; amantes da noite, da sorte, da moda e das canções!
Somos blindados por códigos, tratados por símbolos e tachados por barras verticais!
Somos sistemas operantes, mais que sonsos, mais que insolentes, mais que esnobes, mais que atrevidos, mais que envolventes!
Somos os que apertam e desapertam, os que armam e desarmam, os que afrouxam e se curvam!
Somos as chaves dos subentendidos, primazia das revelações, loucura para os tolos e amantes das visões!
Sobretudo, somos o que somos, locutores, emissores, falantes e artistas; coisas que excedem àquilo que não se explicam!"

                                                                                                  Gláucia Cardoso


quarta-feira, 1 de maio de 2013

SOMOS ASSIM MESMO!!

O mundo realmente tornou-se esse motim deformado, perdido e desestruturado! Não sabemos mais o que fazer! Montamos guardas, construímos barreiras, criamos ideias, decretamos leis e sofremos crises; e, mesmo assim, continuamos na incredulidade! É complicadíssimo! Somos bipolares, cujas emoções são súbitas e passageiras, ora fervendo ora esfriando! SOMOS ASSIM MESMO! O caminho é esse mesmo: muito torto, singular e bastante estreito! Não existe espaço algum! Estamos em crise, sem qualquer saída, imobilizados num redemoinho de rios, em ondas transversais ou em novelas, sendo pisoteados por animais e feras. Nos praguejamos o tempo todo, açoitados pelas pressões do dia a dia! SOMOS ASSIM MESMO! Imoderados no comer, no beber, no vestir e no dizer! Somos realmente bons consumistas! Não nos respeitamos, e nem damos provas de respeito! Não nos questionamos, e nem fazemos questões de disciplinas! Não nos administramos, e nem suportamos quem nos administra! SOMOS ASSIM MESMO! Moralistas, ocos, dirigentes, presunçosos, autoritários e destemperados! Sabemos que provas desaparecem o tempo todo ou que podem ser conseguidas à merce do tempo! Sabemos que grandes mestres são lapidados em berços esplêndidos ou podem ser encontrados em meio às favelas! Sabemos que diplomas se conseguem sob troca de benefícios ou podem ser adquiridos sob bases de muito esforço! Sabemos que ideias nascem de ambições mascaradas ou podem surgir de mentes privilegiadas! SOMOS ASSIM MESMO! Peças graduadas e cheias de dentes; primazias do melhor, do excelente, do sobredotado e do exigente! SOMOS ASSIM MESMO! 
                                                                                        Gláucia Cardoso