POSTAGENS

quinta-feira, 9 de maio de 2013

A INDIFERENTE DIFERENÇA: "NÃO SOMOS MELHORES QUE NINGUÉM!"


Não somos melhores que outros e nem piores que ninguém! Sabemos distinguir valores de recursos e pessoas de coisas, limitados por nossos termos confusos, costumeiros e doutrinais. Nossos padrões são automaticamente aristocráticos e a nossa ética bem seletiva, em se tratando de grupos ou litígios.  
Todavia, é de suma importância nos valermos de nossas imperfeições, para que saibamos lidar com indiferentes diferenças!! Somos meretrizes de erros, de complexos e de enganações; criaturas maledicentes, ocas e destemperadas, presas num mundinho pecaminoso, pervertido e de cão. Somos frágeis, intransigentes, intolerantes e caprichosos; indivíduos problemáticos, frustrados, evasivos e só! 
Por isso, o motivo de nos auxiliar aos recursos práticos da integração e aceitação social; lembrando que, esses subterfúgios, não são milagreiros, e sim, usados como guias, para estudos ou como técnicas de relacionamentos.
O mundo é uma esfera armilar, nisso já sabemos, com quase todos seus seres desejando veementemente grandes riquezas em grandes promessas! Vivemos à mercê do materialismo, aspirando resultados rápidos e esperados, independentemente daqueles feitos por conquistas esforçadas! Rejeitamos a  disciplina, a prevenção e a autocritica, adotando uma postura radicalizada.
Hoje fala-se de amor às rebarbas, criando ênfases exageradas, acentuadas e corrosivas, às custas de um discurso bem dito. Pelas leis mecânicas do homem somos domados de movimentos e equilíbrios; porém,  pelas faculdades morais da alma, achamo-nos insensatos, pluralistas e mal falantes! Então digo-vos: Deveríamos nos favorecer à custa de tropeços? Quem sabe sim quem sabe não! Lembrando que o sucesso origina-se de erros e nunca de supras perfeições!
Vivemos sujeitados a suportes e a reparos, sendo, a esperança, o único e confiável condutor para a transformação de almas! Ela é responsável pela nossa edificação, disposição, confiança e virtude, gerando indivíduos fortes, exempláveis e valentes!
Somos tão sutis como idealistas, tão confiantes quanto quânticos ou moralistas! Nossos costumes são autênticos e exclusivistas! A coragem sobressalta-nos a mente, ainda em formação, gladiando-na sorrateiramente. A guerra sob existe em nós para com nós mesmos, por causa do homem singular, atrevido e debochado!! Mas nada sem solução, culpa, cura ou vergonha, não passando de exibicionismos, coisas banais ou simples aberrações!
 Perdidos na imoderação do erro, do modismo e da língua afiada, nos rasgamos, nos ferimos e nos entediamos acentuadamente!
O mundo é-nos esse zoológico, dotado de cascavéis com naturezas de feras! As coisas nos são permissíveis, mas bem pouco aproveitáveis!  Tiramos lucro do “tudo é fácil” ou do “tudo é lícito”, e, conseguintemente, vamos nos perdendo pelo álcool, pelas drogas, pelo modismo e pela prática libertina dos vícios! Exigimos coisas grandes dos outros, maculando suas consciências analfabetas, até que se rasguem e confessem seus pecados, voltando, então, piores do que eram!
Esse simples ato de medir comportamentos estabelece-nos comparações, uma vez que, diariamente, confrontamos com indivíduos que nos assemelham! Contudo, pondo-nos exteriormente em desigualdade, nos envaidecemos no mais alto grau de perfeição, desfavorecendo, assim, àqueles pertencentes à nossa mesma categoria pecaminosa!
É assim que somos e nos encaixamos: indivíduos desrespeitosos, insolentes e acusadores; enclausurados num mundo conturbado, frio e fascista! Por parte, somos também exclusivistas e temperamentais,  achando-nos excelsos, sem mácula, culpa ou vergonha; julgando pessoas, coisas e fatos, nas quais nunca deveriam de estar sendo publicadas! 
As comparações existem sim, tornando-se visíveis quando transgredimos leis, normas e obrigações, numa autocritica destrutiva e injusta, achando-nos únicos, insubstituíveis e bem melhores que outros, numa sensação de domínio, capricho ou de soberba! ”Pura estupidez!!"
Para quê ou para quem nos transformamos? Somos melhores que outros ou bem mais alto que vós? A menos que aprendamos a assumir nossas imperfeições, fraquezas, perversidades e transgressões, nunca seremos capazes de sonhar sonhos altos! Assim dizem os poetas ecléticos e os escritores compulsionalistas!
Defeitos são partes integrantes de um indivíduo que logra boa saúde! Nisso não temos dúvida! Julgar é tirar os olhos de si mesmo, mediante peso de sua própria libertinagem, imundície e imperfeição! Lembrem-se que somos peregrinos e que bondades não se vendem, se repassam!  Leis não se guardam, se aplicam! Valores não se acham, se constroem! Vitórias não se compram, se alcançam!
Toda má advertência torna maior a sua condição de pecador, numa tentativa frustrada de se auto redimir! Assim, vamos nos prendendo à preeminência de nossa vaidade, mentira e insensatez! É a sorte de quem acusa o inacusável, e aponta o não apontável,  achando-se mestres de leis ou juízes. Por conseguinte, juízes são aqueles que preparam processos, para presidi-los numa comarca sobre provas e autos, a fim de entregar ao réu a sua sentença judicial. Contudo, mesmo eles, precisam de conciliadores, testemunhas, acusadores e defensores!
E então? Consideraremos melhores que eles? Haveremos de nos agigantar às custas de julgamentos precipitados? Acho Péssima ideia! Bem sabe que nossos passos são testados diariamente por outros, que na sua vez, repassam a outros, depois outros e outros, indo-se assim redundantemente.  
Como ficará, então, o nosso julgamento, quando nos encontrarmos frente a nós mesmos? Qual o motivo de sentenciarmos a quem nos assemelha? Não somos, porventura, pessoas livres e de uma só formação? Não estamos constituídos dos mesmos padrões genéticos e duma mesma estrutura óssea, como pele, carne e sangue? Não nos alinhamos numa mesma reta e numa só circunferência? Não determinamos à extensão de nossos passos e de nossa língua? Quem se acha capaz de medir um palmo de sua vida, a não ser Àquele a quem originou-a pelas mãos? Acaso, é tão melhor que outros, ao ponto de  se esquivar de comida, de água e de frio? 
A verdadeira essência é esforçar-se ao máximo!! Por isso, não se ensoberbeça e nem tente atirar pedra aos porcos! Suas percepções tem que ser claras, autenticas, saudáveis, transparentes e legítimas, e não subestimadas pela claridade frouxa de seu crepúsculo!
Tudo na vida é passageiro, sumarizado e se transforma! Contudo, temos que ser sensatos, simplíssimos e ajuizados, não precedendo sentenças a ninguém. Antes, sentenciemos a nós mesmos! Só assim, notaremos o enorme peso de nossa imundície, tornando-nos leves, vistosos e livres de opressões!!                                                                                     Gláucia Cardoso

Nenhum comentário:

Postar um comentário