POSTAGENS

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

NOSSOS VERDADEIROS AMIGOS ESTÃO NAS RUAS!!


Sabemos que dentre a espécie humana, são poucos os chamados amigos verdadeiros, fieis e qualificados, que nos assumem, nos protegem e nos acercam! Na verdade, não existe uma definição correta sob o que realmente seja "ser amigo"; atribuindo, quanto à inferioridade de números, àqueles que estão verdadeiramente ligados por afeições recíprocas e espontâneas!
Todavia, seríamos hipócritas em não afirmar que às vezes nos questionamos até sobre a minoria de simpatizantes, e eles, logicamente, contra nós! Isto é fato e não acusações desnecessárias, ligados à criaturas de uma mesma raça pecaminosa!
Dizer que concordamos com tudo o que ouvimos ou que nunca nos frustramos com nossos "amigos íntimos", nos altera a propositada verdade, adotando, com isso, a nossa qualidade de falso! 
O fato é que, por sermos racionais e dotados de caracteres constantes, tão diferentes dos animais, vivemos nos confrontando o tempo todo, estando-nos acercados por milhões de humanoides se dizendo amigos, sem tê-los ou senti-los como os tais! 
Isso acontece porque somos carnais, indisciplinados e de naturezas iguais, não sendo admissíveis ou tolerantes a erros, disciplinas e correções!
Conforme a verdade que se estabelece entre amigos que nos inspiram simpatias e suas práticas carnais, nunca devemos generalizar o mundo com nossas difamações antecipadas! Afinal, não somos perfeitos ao ponto de acharmos que as ações dos outros sejam tão bárbaras, tão negativas e tão cruéis, indo além que as nossas! Lembrem-se que também somos fundamentados de erros e imperfeições, numa tranqueira travada e materialista, levados pela racionalidade e por práticas libertinas! Assim digo que, mediante isso citado, tudo é puramente humano e normal!
Se desejamos realmente obter amigos verdadeiros teremos que nos esforçar e trabalhar duro, resultando sempre, nas primeiras impressões, em apenas reflexos e utopias! Verão que depois de um começo de repetidas brisas, certamente virão as lutas e o boca a boca! Isso acontece porque estamos voltados num mesmo grupo racional com aspectos semelhantes, fazendo qualquer adestrador desistir de seus ensinamentos.
No entanto, existe uma raça diferente que a nossa, tão brega, atraente e pouco exagerada, ao qual, literalmente, podemos recorrer: São os animais irracionais, que, apesar de serem diferentes que nós, são tão mais simpáticos, agradáveis, inofensivos, transparentes e afetuosos! São os que nos completam, somando à nossa vaidade, carência, estima e amizade! 
Estão em toda parte, nas ruas, nas praças, nos parques, nas calçadas, nas residências ou nos lixões! São incapazes de se afastarem de nosso convívio, não mudam suas formas e nem tampouco gerenciam suas próprias leis, estando submetidos por nossos caprichos e excentricidades! 
Mesmo tendo pedigree ou sendo vira-latas, são sempre leais, autênticos, legítimos e companheiros, não devendo jamais serem desprezados ou deixados de citar! 
Também conhecidos como "amigos dos homens", vivem abaixo de nós, em total obediência, submissão e sujeição! Estão cheios de amor, formosuras, alegrias e docilidades, mesmo estando sujeitos à disciplinas, obediências e ordens maiorais!
Não importa o que seus mestres lhes peçam ou lhes façam, porque reconhecem suas vozes, seus cheiros e seus temperamentos. Sempre se agradarão deles, se doarão e os amarão incondicionalmente, sem qualquer recompensa ou gratificação exclusiva!
Não poucos são aqueles considerados enfeites de luxo, padrões de beleza e de requintes, pertencentes a um senhorio ostentoso, magnificente ou a uma família de zumbis! 
Entristeço-me ao saber que alguns vivem perdidos pelo mundo, sofrendo maus tratos e tribulações! Sobrevivem do lixo, da porcaria do homem e da misericórdia alheia, vivendo em terrenos baldios, em hortas, em matas, em viadutos ou em quintais! Muitos estão mantidos em cárceres, em gaiolas, em reservas, em cativeiros ou em jaulas, sendo torturados, massacrados, sujeitados à escravidões, crueldades e barbaridades! Alguns vivem solitários e tristes, quando são capturados e submetidos à ações criminosas, ou quando são separados de seus pais, irmãos e guias, não conseguindo tomar rumo certo na vida sem apoios, condutores, companhias ou proteções!
Se levássemos ao pé da letra sobre as leis da racionalidade, evidenciaríamos que o homem e o animal são dotados das mesmas características psicológicas e dos mesmos aspectos naturais, como sentir e agir! Isso acontece porque, conforme a verdade que se estabelece entre raças distintas, o racional e o irracional estão sob constante dependência e vigilância! Tanto sofrem dependências mútuas! Isto não é uma notável semelhança, e sim, conclusões lógicas expostas às vistas dos que são racionais! 
Algo evidente é saber que os animais, apesar de serem irracionais, são dotados de sentimentos e personalidades, sendo, por excelência, companheiros eternos, com suas generosas afeições, fidelidades e reciprocidades!  
Devemos ter em mente que não estamos isentos em construir boas amizades! Nossos verdadeiros amigos estão ai pelas ruas, sendo-nos indispensáveis, úteis e importantes para nossa formação de vida!  Mesmo estando órfãos, abandonados e ignorados pela sociedade, são os que nunca se apartarão de nosso convívio, nos favorecendo com seus sorrisos, encantos e agradecimentos!
                                                          Gláucia Cardoso


sábado, 28 de setembro de 2013

LEMBRANÇAS DO MEU PRIMEIRO AMOR!!

Lembro-me de quando ainda criança, nas primícias dos meus quatorze anos, nessa fase em que roubamos esforços e sentimentos adolescentes, que descobri meu primeiro amor! Éramos tão jovens ainda, e já, na primeira ocasião, nos apaixonamos perdidamente!
Era uma sensação gostosa, completa e irradiante, concernente aos assomos da puberdade e desenvolvimento de corpo! Tudo era mágico, tempos de regozijos, de primaveras e de muitas loucuras! Nossas diferenças eram conciliadas, cativantes e compartilhadas! Éramos o que éramos, irresponsáveis, loucos e atrevidíssimos!
Naquela época, eu saia dos quinze para os dezesseis! Quanto a ele, sinceramente não me recordo direito, mas, posso arriscar que entrava para a casa dos dezoito ou pouco mais que isso! Não me lembro muito bem!
Nesse tempo, nossas atitudes eram saudáveis e espontâneas, enquanto nossas palavras nos favoreciam um vocabulário sem muita letra ou cultura, coligado a um alfabeto meio tosco e estranho! Só pensávamos em áreas verdes, em cinemas, em parques, em shows e em paqueras, e não em dicionários, bibliotecas, livros, valsas ou coisas antiquadas!
Apoiávamos àqueles sem disciplina alguma e os de nossa mesma jovialidade robótica! Naquela época, os jovens eram mais que irresponsáveis e mais que imaturos, mas, porém, pouco atrevidos! Pelo menos, respeitávamos nossos pais, nossos instrutores e nossos amigos!
Naquela fase, aprendemos a amar e sermos amados, a respeitar e sermos respeitados, e a beijar e sermos retribuídos! Fora tudo tão intenso e tão apaixonante que achávamos que tudo aquilo nunca se acabaria! Não existia ocasiões danadas, épocas ruins, tempos difíceis ou circunstâncias perigosas, só poesias, versos e prosas!
Éramos tão crianças, tão cheios de vida, isentos de qualquer responsabilidade, maturidade ou aborrecimentos! Não éramos obrigados a responder por nossas ações, por que tínhamos os mais velhos zelando por nós; e nem cometíamos atos indesejados com os outros, saindo revelando coisas nos confiadas ocultamente!
Todavia, sabíamos que um dia iriamos crescer, florescer e nos distanciar um do outro! Assim aconteceu, num determinado tempo em que não estávamos esperando! Nossa jovialidade então se esvaiu, dando lugar à ordem, a normas e a disciplinas de adultos!
Por infelicidade do destino, nosso primeiro amor foi desflorescendo e virando para o avesso, enquanto novas conquistas se iam diversificando, pluralizando e multiplicando!
Assim, amadurecidos, nos afastamos com os corações despedaçados, os olhos tristes e os nervos dilatados, tendo que renunciar nossas ideias idiotas, nossas imagens absurdas, nossas frases costumeiras, nossas algazarras astuciosas e nossas delícias!
            Quanto a mim, fui namoradora por algum tempo, mas nada se comparado à durabilidade, nostalgia e intensidade do nosso primeiro momento! Muitas vezes, experimentei emoções fortes e passageiras, e me apaixonei de imediato; outras vezes, iludi-me com falsos amores, levando em conta que meu primeiro amado também viera se apaixonar muitas vezes!
Naquele tempo, experimentávamos coisas tão novas, devida jovialidade estar em alta e em fase de desenvolvimento! Ser jovem era estar penalizado com incessantes ilusões, e com as sutilezas e sandices de amar e sermos amados!
Assim, deixamos de ser as primícias e os exclusivos, para vim fazer parte de um grupo de captores em busca de novas paixões, novas sensações e novos amores! Não vou dizer que não sofremos, porque, realmente sofremos muito; tão quanto sozinhos como calados!
Pelas veredas da vida fomos descobrindo novos caminhos e nos fortalecendo, aventurando-nos em horizontes diferentes, em descobertas novas e em novos sonhos, tendo que anular nossas conversas, esquecer nossos momentos ardentes e desaparecermos! Assim, vertemos nossos amores adolescentes, de primeiros a últimos, tornando-os desbotados, ignorados e desconhecidos! 
Todavia, como a vida nos prega sempre uma peça, aconteceu que, numa certa claridade do dia, numa ocasião súbita e despropositada de horas, finalmente nos reencontramos! Fora tudo tão lindo, que pensei que estivesse realmente voltando para o nosso tempo adolescente!
Não era certo vir pensar desse jeito! Afinal, as coisas agora eram diferentes e difíceis de serem entendidas, devidos intervalos que havíamos dado um pro outro! Sabíamos que o que pensávamos, almejávamos e sentíamos naquele momento, nada mais eram do que enganos de sentidos, de ideias e de pensamentos, ao descobrirmos que havíamos, de fato, nos perdido um do outro!
Infelizmente éramos como dois estranhos, com modos, linguagens e aspectos de estrangeiros! Estávamos tão diferentes, menos jovens e mais amadurecidos! Eu, já senhora, mantinha meus cabelos longos, trajava um vestido rosa transparente e mascarava o rosto com cosméticos rejuvenescedores!
Já ele, um senhor grisalho, bonito e de falhos de barba, permanecia com seus cabelos sem um cumprimento preciso, vestia uma camisa azul escura com gola cosida sob o listel e apresentava dobras sobre o viés dos olhos claros!
Vendo-nos frente a frente, sabíamos que o tempo não poderia ser mais revigorado! Havíamos construído histórias desiguais e desconhecidas, sendo tudo apagado e distribuído em partes separadas! Nem um e nem outro poderiam voltar para o tempo e para o que havia se deteriorado, tendo que deixar sob o imaginário as pegadas, os vestígios e as eternas lembranças!
Assim, cada qual se voltou para seu respectivo canto: eu, para o meu mundo reflexivo, e ele, para o seu mundo em preto e branco! Certamente não esqueceremos um do outro, dos nossos encontros malucos, dos nossos amores escondidos e dos nossos sonhos ocultos! 
Sabemos que não podemos falsear o passado, e que o nosso primeiro amor jamais prevalecerá no esquecimento, porque tudo que passamos nos serão indestrutíveis e difíceis de apagar!
Só posso afirmar que, o amor, aquele nosso primeiro amor tão ardente, tão irresponsável, tão inocente, tão gostoso e tão apaixonante, nunca perderá sua validade, legitimidade, qualidade e espontaneidade!
Declaro que, a quem me refiro com fervor, haverá de perceber a sua importância nessas entrelinhas! Assim, também, que esses clamores verbais possam servir de alarmante a todos os amores que se encontram aprisionados, ocultos e encarcerados em tocas!
Revelo isto, não somente para mim como locutora, mas, também, para vocês como ouvintes! O que escrevo, escrevo de alma pura, aliviada, limpa e lavada, no intuito de saldar a minha vaidade, excentricidade, ansiedade e fantasia! Falo em função de um todo, de um coletivo, que seja em número superior a de apenas um casal!
Posso concluir que a nossa descrição de vida ficará para sempre assinalada e bordada nas entrelinhas de nossas inesquecíveis e reais histórias! Não se esqueçam de que o nosso primeiro amor é para ser guardado, moldado e defendido em nossos corações!
Pior seria se fôssemos os únicos protagonistas desses romances memoráveis, ardentes e cheios de aventuras perigosas! Aliás, não somos somente “eu e ele” nessa dramaturgia perigosa, mas, tão somente, um numerário absurdo de “eles e elas!”.



                                                         Gláucia Cardoso

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

BIOGRAFIA DE GLÁUCIA CARDOSO - EDITADA NO LIVRO ERMERENDIEL


SOU RACIONAL!!

"Hoje minha mente está bagunçadíssima, e embriagada de vozes e gritos! Meus pensamentos se elevam e se apressam a esboçarem-me uma ideia fixa! Estou sendo levado pela força, por ímpetos e pelo impulso! Assim, saio atropelando minhas razões, teses e idéias, procurando deleitar-me nas minhas lamúrias! Estou subordinado pelo fator perturbado, pela emotividade exagerada e pela adrenalina, e nem por isso deixarei de agir com cautela, vergonha ou prudência! Sei que existe riscos, complicações e golpes, mas não posso me dar no luxo de arrepender-me! Tenho que ser forte o bastante para poder passar por qualquer tipo de momento e situações! Afinal, não sou fraco e nem frouxo, e nunca me unirei à corja de indecisos ou covardes! Sou racional, dotado de lógica e raciocínio, podendo escolher caminhos, tomar decisões, imitir juízos, inventar curas, modificar a natureza, recriar coisas e arquitetar futuros! Sou  um ser pensante que se expressa por meio de falas, gestos e algarismos! Não sou como os animais, podendo me distinguir deles de maneira proveitosa e única! Sou exclusivo, dinâmico, audaz e atrevido, e nem tampouco deixei de ser inteligente! Meu corpo avisa-me sobre a proeza de seus limites, permitindo descansá-lo e adequá-lo pro dia seguinte! Meus conhecimentos são bárbaros, constantemente modificados, planejados e fundamentados! Posso redescobrir mundos e garantir o avanço da tecnologia por meio de ações, interpretações e criatividades! Na realidade, quero aprender a ser mais além que isso, um ser racional não robótico e não apegado aos ramos do ilusionismo! Afinal, sou livre para reivindicar, opinar e dizer algo de maior amplitude! Tenho que estar livre para desvendar os segredos de minha alma, espírito e coração! Por isso, não posso esquecer que sou raça privilegiada, ser racional de boa origem e com filosofias exclusivas, mesmo sendo feitas à minha própria maneira!!"
                                                            Gláucia Cardoso

VIVEMOS EM PROL DO QUÊ?

VIVEMOS EM PROL DO QUÊ?

Nossa objetividade de vida é ficarmos partindo de um ponto ao outro, sabendo que voltaremos pelo mesmo caminho! O fato é que andamos realmente em círculos, firmados os pés como plumas e a cabeça totalmente voltada para a lua, numa giratória lerda, absurda e muito louca! Saímos por ai dando cambalhotas, numa diligência desesperadíssima e estressante! Na verdade, fomos fundamentados para isso, para darmos voltas em torno de nosso próprio eixo! O fato é que vivemos, na maioria do tempo, na incerteza, na dúvida e no ceticismo, querendo tudo para ontem, para mais ou pro agora! Nos enriquecemos na beleza física e nos empobrecemos na insatisfação plena, trabalhando em prol do nada! Nossa vanglória é de curta duração, e nossos desejos são quase sempre firmados em qualquer objetivo; desde que mantenhamos comunhões benéficas, corpos saudáveis, estômagos cheios e desejos ardidos! O certo é que temos grandes apetites e grandes utopias, sem precisar de grandes esforços para alcançá-los! Fomos treinados para atingir metas, no intuito que novos sonhos se façam presentes, e mais outros e outros... alegando que nada do que vivemos faz algum sentido!
Assim, vamos levando nossa vidinha azeda e medíocre, na riqueza ou na pobreza, em missão de combate corpo a espírito, centrados numa curva fechada, e vivendo em prol de algo ilusório e desconhecido! Então, pergunto-vos: Estamos vivendo em prol do quê? 
Sugiro que nesses dias difíceis tracemos expectativas, objetivos e propósitos, para que não cheguemos a delapidar àquilo que já nos fora alicerçado no início! Afinal, se não sabemos dar graças ao que temos conseguido por meio de esforços, certamente nos empenharemos em alcançar grandes resultados, lembrando que o preço elevado da vida é o nosso tão ambicionado valor!!
                                                                                      Gláucia Cardoso 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

QUAL É A VERDADEIRA FELICIDADE!!


"A verdadeira felicidade não consiste apenas num sorriso favorável ou num sentimento esporádico surtado pela emoção; mas, tão somente, no que diariamente temos para agradecer! 
Ser feliz é ter pernas para andar, enquanto muitos andam por ai deformados! 
Ser feliz é ter olhos para enxergar, enquanto milhares vivem privados de visões! 
Ser feliz é estar atento para ouvir, enquanto muitos vivem sem ressonância auditiva! 
Ser feliz é lograr de boa saúde mental, enquanto muitos tem sofrido de demências! 
Ser feliz é ter braços para abraçar e pernas para andar, enquanto muitos os mantém mutilados! 
Ser feliz é poder exprimir-se em viva voz, enquanto de muitos não se ouve qualquer ruido! Contudo, ser feliz é saber que somos completos, saudáveis e perfeitos, e que podemos ser benéficos e úteis aos que tem limites, restrições e aos que padecem deformidade física!"

                                                                    Gláucia Cardoso

SOMOS PEDRAS OU VIDROS?!

"Atirem pedras naqueles que são feitos de vidros!" 
"Revidem os vidros as pedras que lhes são lançadas!"
Ditado notório muito disputado nas dramaturgias de composição popular, ao qual prescrevem palavras com significados opostos. Na verdade, essa expressão corresponde ao que seria "o mais forte" e "o mais frágil", levando em conta as exatidões e grandezas de cada argumento. 
Vejamos bem! Um indivíduo é constituído de ligamentos, músculos, massas, pele e sangue, não diferente à outros de sua mesma espécie criada! No entanto, como não se há diferenças físicas e nem padrões, do contrário, existem distinções de naturezas que podem muito bem qualificar ou desqualificar seu ser humano! 
No que seria concernente à qualificações, características ou comparações, existem pessoas mais sensíveis, que revelam superficialidades e são muitíssimas inseguras, mantendo um perfil de menor força e de pouca resistência, como lâminas de vidro polido - são aquelas feitas de vidros. 
Doutro lado, existem os engenhosos, as famosas pragas libertinas, que vão se proliferando de maneira corrosiva, submetendo, quem quer que os sigam, à escravidão e arrogância! São os que sofrem mutações quando se metamorfoseiam diariamente! São feitos de argamassa, ligas perigosas, mantidos num corpo de ardósia que se formam de cantos à paredes, tornando-se duros e compactos - são aqueles feitos de pedra. 
Todavia, é de sua importância sabermos distinguir entre "pedras e vidros", ao que é duro ou de constituição vítrea!
Pessoas de pedras tendem a ser mais rigorosas, austeras, severas, violentas, rústicas e desbocadas; contrárias as que são de vidro, que se quebram a toa, desmoronam, fraquejam, são debilitadas, duvidosas, sensíveis, e choram sem motivo algum. 
No entanto, de maneira nenhuma podemos radicalizar ambas partes, alegando que todo individuo feito de pedra seja bruto, ou que os feitos de vidros sejam fracos. Não é nada disso! A evidência dos fatos se clarifica individualmente de criatura a criatura, tornando-se valiosa à medida que se descobre às suas serventias. 
Os cristais, por exemplo, são finos, brilhantes e transparentes, permitindo distinguir seu brilho, e evidenciar sua formosura e capricho! Pessoas encachadas nesse artefato são gentis e amáveis, de bom coração, tendo a bondade como marca própria! Não deixam de ser diamantes, devido à sua lapidação de vida e a sua docilidade exclusivista! 
Já as pedras, são bem definidas, ordenadas, resolvidas e que não se quebram facilmente! Pessoas encachadas nesse mineral são autênticas, decididas, de posição firme, objetivas e não osciláveis, que tem opiniões próprias e não se deixam manipular!
"Pensem muito bem antes de atirar pedras nos vidros, ou revidarem, os vidros, as pedras que lhes  são lançadas!" 
Essa definição motiva a ninguém se dizer melhor que ninguém! Se sou feito de pedra e meu amigo de vidro, não está em mim ficar em posição de ataque! Se a vidraça é meu alvo e eu a sirvo de isca, certamente seremos contaminados com o nosso bate-rebate! Além de que, uma pedra bem lançada poderá fazer em estilhas uma só vidraça; enquanto que uma vidraça bem protegida, poderá voltar a pedra ao ponto donde partiu, sendo feita na mesma velocidade ao qual fora lançada!
                                                                               Gláucia Cardoso

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

TRAIÇÕES INDOMÁVEIS!!


Até quando nos coxearemos entre dois sentimentos? Por defeito natural, temos a tendência de buscar no outro uma perfeição interiorizada, àquela que não sob-existe em nós mesmos! Assim, reunido com o outro de modo íntimo, faxinamos suas reservas de maneira brusca, eliminando os resíduos que achamos não ser coerente à nossa própria deformidade atrofiada! Todavia, partilhados e próximos um do outro, vamos apontando erros, inexatidões e defeitos, aplicando correções e disciplinas segundo nosso próprio ver, cobiça e vergonha! No entanto, como não se há perfeições, excelências ou belezas supremas, por se tratar de indivíduos carnais como nós, vamos reassumindo novas buscas e novas caças, como uma demão mais profunda, no intuito de preencher vazios! Assim, somados nesse propósito de busca, pressa e marcações, novamente nos frustramos, nos iludimos e nos limitamos a outras perseguições, e mais outras, e outras, indo assim sucessivamente, numa entrega taxativa, desperdiciosa e desnecessária!  Somos tão exigentes com quem convivemos, quando deveríamos de ser primeiramente com nós mesmos! Se isso fosse regra ou norma, certamente não estaríamos confundindo sexo com amor e nem perfeição com qualidade; e os casamentos e relações seriam duradouros e mais responsáveis! O nosso selo de garantia deveria prover do natural e do básico, e não vir de rótulos! Rótulos mascaram condutas, adulteram sentimentos e simulam resultados! Quando escolhemos nos unir a alguém, temos que estar seguros de sua imperfeição, incorreção, e altos e baixos! Ignorar, trair e ser infiel não fará de nós pessoas notáveis, espertas e mais felizes! Pelo contrário! Nos imputará dúvidas, contradições e tristezas, por não estarmos curados de nossa própria enfermidade espiritual, levando-nos à ruína! Assim, antes de nos entregarmos à traições indomáveis, estejamos seguros de nosso caráter, qualidade e necessidade! Tiremos exemplo do ciclo da água, sendo considerado um movimento infinito e circular, que nasce de pequenos riachos, rios e lagos, através do processo de evaporação, ao qual atinge altitudes elevadas, se condensa e volta ao seu ponto inicial para uma nova formação de ciclo! Assim somos nós, correndo de um lado pro outro, na pressa de encontrarmos com nossa cara metade, tendo que voltar pelo mesmo caminho que havíamos escolhido desde o princípio!

                                                                                  Gláucia Cardoso

O ESTADO DE QUEM ESTÁ SÓ

Estou aqui, refugiado nas entrelinhas e lembranças de meu pensamento atormentado! Sinto-me só, completamente só, abandonado e trapaceado pelas coisas lenhosas do passado! Meus amigos são a causa de minha amargura, dano e sofreguidão! Um dia, simplesmente desapareceram, fugiram de mim, esquivando-se de minha melhor companhia! Estou desbotado, apagado e cru por causa deles, e não se tem qualquer livramento ou sentido na vida! Nunca fora assim, até o soar da segunda primavera! Minha casa era hospitaleira, show de exposições, ponto de parada, de aconchego e de entretenimentos! Nos reuníamos nos finais de semana, sobre as graças de um solzinho fresco e tentador, ou debaixo de uma chuva fresca e persistente! Naquele tempo, não sofria repulsas e nem tínhamos paradas para descanso; feito de comum acordo, em total sintonia e harmonia! Tudo corria bem, até quando minha bebida agradável e minha comida saborosa deixaram de existir! Agora, estando na ruína e carente de solidariedade, sofro rejeições dos mesmos que antes me homenageavam! O que vejo deles é pura esnobação, passeando nas ruas com seus carros importados e com seus puxa-sacos engomados! Nenhum deles se lembra do que éramos antes: um conjunto de raízes com propriedades semelhantes! Por isso sinto-me triste e só, preso ao meu vazio intermitente e ao meu esconderijo subterrâneo! Queria reivindicar-lhes o retorno de nossa amizade, mas sei que não posso trazê-los de volta sem mostrar-lhes grandes recursos! Se o fizesse, estabeleceria um preço alto demais, tendo ciência das minhas deficiências básicas e das minhas condições precárias! Tenho que conformar que os perdi para o mundo, para as luxúrias e para os benefícios de outros! Hoje, o que revelo-lhes é pobreza e muita miséria, não esperando deles qualquer serventia ou tipo de compaixão! Sei que esse maldito dinheiro tem o poder de comprar o homem e os seus sentimentos, qualidades e sensibilidades! Mas, mesmo assim, não me renderei à ele e nem às suas práticas subornadoras! Mesmo estando só, frágil e rejeitado, tenho que ser firme e mostrar que sou prudente! Meus descendentes, que verdadeiramente me amam, dependem de mim, tanto na riqueza como na pobreza! Terei que inspirar simpatia e confiança aos de minha mesma árvore genealógica! Por isso, não vacilarei e nem me humilharei perante meus amigos mal agradecidos! O que farei, farei esperando nada em troca, sem nenhuma compensação física, psicológica ou material! Continuarei zelando por eles, para que não sofram rejeições dos de sua nova facção temporária; e que no dia de suas penúrias, escassez ou misérias, não tenham que se refugiar à frustrações, a solidões e a esperas!!
                                                                                       Gláucia Cardoso

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

O MUNDO DE QUEM ACREDITA! Poema de Gláucia Cardoso

"No meu mundo "instruído", vicioso e inspirado, refugio-me nas entrelinhas de minha melhor escrita; representando àquilo que meu pensamento se eleva, meu coração acelera e minha alma acredita!
Saio navegando entre céu e mar, totalmente iluminada, entoada de rimas, versos e prosa! Cada linha representa o meu melhor momento, o meu demasiado louco e a minha tensão nervosa!
Meio atordoada me aflijo, calo e desembaraço, enquanto meus olhos focam! Minha respiração fica ofegante, os lábios gemem, as pernas tremem e os nervos pipocam!
Fico abobada, trêmula e me aquieto; atraída pelas malícias e astucias desse nosso alfabeto!
Naufrago nas minhas desejadas loucuras e infinitas milícias; atormentada pela paixão pela arte e por suas inumeráveis delícias!
Não se há limites, não se há julgamentos e não se há restrições! Não se há sandices, não se há interesses e não se há padrões!
Tudo é incerto, hesitante e muito gostoso! A poesia contribui para meu crescente sucesso, e para o meu momento único, ardente e fantasioso!
Não se há o que falar, só me cabe a verdade; não se tem como parar, esses sons da realidade!
Vomito sob livros de cabeceiras e em PCs o meu melhor momento! Englobada numa consciência íntima, pura e no meu grande talento!
Estou ligada aos meus fantasmas, aos meus inventos, aos meus codinomes e aos meus alcunhas! Os papeis são minhas bases, os dicionários meus aliados, os dedos meus instrumentos e os leitores minhas testemunhas!
Minhas mãos ficam excitadas, enquanto voam além que a velocidade do ar! Vão se indo guiadas pela poética, pelo português assanhado, no seu evidente aclarar!
Tudo é fantástico! Tudo é maravilhoso! Tudo é mágico! Tudo é delicioso!
Não se há desperdício algum e nem qualquer barganha; porque não sou acanhada e muito menos sacana!
Minha criatividade condiz com minha alma, me elevando a adrenalina; tendo que ser forte o bastante para não ser levada pela rotina!
Tenho pressa em desenrolar o meu prazeroso inventivo! Sendo uma poeta apaixonada, a quem nunca faltou incentivo!
Sou aquela que constrói histórias, contesta absurdos, percorre mundos e eterniza belos livros!
Necessito que o mundo saiba de mim e de meus criantes; das minhas invencionices e dos meus adoráveis arrasantes; não tendo que desperdiçar as horas que me eternizam os instantes!
Por favor, façam ideia de que tudo nesse mundo é precioso, único e verdadeiro; lembrando que a ocasião é esta: Trabalhar, ter êxito e ser bem visto pelo alheio!
É importante não se deixar oprimir ou lastimar; ou mesmo, jogar as palavras para as tempestades, para o vento ou para o mar!
Assim, não deixarei de escrever, mesmo que seja por um só momento! As letras tem-me servido de refúgio, de prazer e de acalento!
Não cessarei às minhas idiotices e nem privarei às muitas chatices; devendo permanecer viva, disposta e firme nas minhas gabarolices!
O que tenho que fazer, continuarei persistindo em sacrifício; não perdendo o foco e o meu prazeroso ofício!
Por não ser meros deslizes, e por ser uma heroína dos livros fictícios, não me aquietarei, não hesitarei e nem me entregarei aos desperdícios!"
                                                                       Gláucia Cardoso 

AMOR SUPERFICIAL

"O amor que não é sólido, não profundo e nem verdadeiro, implica grandes prejuízos ao coração, relativo a sua superficialidade exteriorizada! 
O que temos visto hoje em dia são tantos namoros e casamentos fracassados, atribuídos à falta de boas escolhas e a pressa de se fazer seleções! 
A aparência tem servido de protótipo, num contexto global de formas, curvas, traçados, perfeições e beleza, que incitam, na grande maioria, desejos, fascínios e seduções provisórias! 
O padrão é um só: Formas estéticas e boas formosuras, que sejam agradáveis às vistas do sexo oposto! Digo isso para que saibam que, nos dias atuais, o amor tem se tornado genérico, enganoso, caprichoso e vago, destruindo à sua verdadeira originalidade!
A promessa frente ao momento ilusório e a falsa paixão, vem desencadeando sentimentos pouco duráveis e muitos desafetos, tornando-se parte de um filme caído em contradição! O amor deixou de ser amor no momento em que o romantismo caiu de forma, de linha e de moda! 
Muitos fracassos são provenientes da falta de atenção, desequilíbrio e escolhas erradas! Suponho que a interioridade esteja fora de moda, e que o indivíduo moderno tende a não se auto-examinar adequadamente! 
Deste modo, tanto o homem como a mulher, vem sendo levados por curvas e padrões de corpo, muitas vezes acompanhados por um rostinho bonito ou pelo materialismo; sendo, esses acessórios, indispensáveis para se alavancar compromissos infundamentáveis e artificiosos, levando-os à desilusões desnecessárias! Com isso, as pessoas tendem a se tornarem vazias e oprimidas, sustentadas em cachos ou andando de galho em galho em busca de uma união estável, firme, sólida ou duradoura! 
Na maioria das vezes, esses tipos de buscas são rotatórias, ou seja, provindas de um processo repetitivo e sem dimensões; quando o certo seria buscar um amor inteligente, capaz de superar os defeitos do outro, ligando-os aos seus próprios!
A relação entre homem e mulher deveria ser estabelecida para crescer e dar frutos, e não para definhar ou naufragar nas enchentes! A impressão viva do amor sugere maiores cuidados e melhores garimpos! Afinal de contas, ser capaz de avaliar o que precisa ser mudado em si mesmo e saber diferenciar a interioridade da exterioridade, é a prova viva de uma consciência pura, límpida e genuína, ao qual, certamente, se perpetuará por muito e muito tempo!"
                                                            Gláucia Cardoso