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quarta-feira, 3 de abril de 2013

O PROBLEMA DAS IMPULSÕES (texto escrito por Gláucia Cardoso)


Filipenses 4.6,7: “Não estejais ansiosos por coisa alguma, mas vossas petições sejam em tudo conhecidas perante Deus pela oração e súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que ultrapassa toda a compreensão, guardará vossos corações e vossos sentimentos em Cristo Jesus.”



Conceituamos o termo "impulsividade", como um estímulo de capacidade intensa e de força maior, ao qual nos leva a fazer ou provocar determinada ação, estimulados por nosso ego maior. Assim sendo, se somarmos a inconsciência com a vontade e a pressa, obteremos resultados catastróficos, sem nenhum padrão regular, gerando os chamados “impulsos esporádicos”.

Mas, porém, o que nos leva a agirmos impulsivamente?

Ligaremos o fato de que somos seres mortais, imperfeitos, carnais e pecadores, incapazes de gerar autocontroles automáticos. Temos metas, aceitamos disciplinas, desejamos o óbvio, somos sensatos e discretos a nossa maneira. Contudo, continuamos sujeitados à impulsos!
Pensem bem! Na vida traçamos planos, arquitetamos projetos e desenvolvemos fórmulas, a fim de alcançarmos objetivos, talentos e sonhos. Assim sendo, sendo-nos utópicos, apressados e apreensivos aos próprios olhos, vamos nos frustrando pela falta de reconhecimentos, oportunidades e merecimentos, mediante nossa própria rebeldia e nossos impulsos antecipados.
O fato é que queremos tudo na nossa hora, achando-nos merecedores daquilo que ansiosamente temos almejado com ardor, quando sempre tratamos bem as pessoas e não fazemos mal a ninguém!

Mas pergunto-vos: O que fazemos além de nossa obrigação?

Vivemos uma vidinha individualizada e desmiolada, regrada pelo cotidiano, no trabalho, escola, ônibus, ruas, parques, bares, shows, igrejas, congressos, viagens e etc... As casas estão lotadas de zumbis, vivendo em submissão às suas particularidades, no seu modismo tecnológico e nas suas mídias destacáveis.
Antigamente se ouvia o som das crianças nas ruas, numa interação de risos, gritos e confraternizações. Hoje, as tais se encontram atoladas no seu conforto eletrônico e na sua visão distorcida, oca e individualizada, levadas pelo modismo contemporâneo, que lhes corrompem o cérebro e a paciência, impedindo-as de se esforçarem na vida.
O mundo se transformou nisso: Numa esfera modista e consumista! Os valores simplesmente desapareceram! Não somos mais exempláveis pelas batalhas, superações ou pelos percursos alcançados por meio de tribulações!! Nossa capacidade superativa vem sendo rendida pela pressa cotidiana, pelo vazio e pela necessidade de se conseguir algo sem esforço e seleção.

Entretanto, essa nossa capacidade de baixo controle ou de baixa estima é puramente humana!

Veja só: Quando estamos bem, parecemos realmente bem aos olhos dos outros! Porém, quando ficamos mal, fugimos do anonimato, quase sempre inconscientemente, e nos transformamos em juízes, às vezes mentindo (Ef.4,25), julgando (col 2.16,18) e sendo tentados (Tg 1.13,15). É quando nos vemos rudes, críticos, impacientes, sarcásticos, cômicos, malcriados e blasfêmios, coisas que, mesmo sendo inocentes, leva-nos ao pecado.

Tudo isso está relacionado ao nosso vazio, e a nossa pressa de preenchimento de vida!

Como exemplo de impulsão, temos o trem de ferro: Se por acaso, os vagões não estivessem acoplados ao maquinário, não seria possível movimentá-los, não é mesmo? O automóvel precisa se abastecer, para que dê continuidade aos seus movimentos, como rodas, freios, etc.  Assim também é a geração de energia, produzida através das águas, do vento e do sol. Já os televisores são impulsionados por ondas de radiofrequência.
No entanto, para que esses equipamentos funcionassem, foi preciso toda uma preparação e uma equipe especializada no assunto, projetando-os, estudando-os e os aperfeiçoando, através de medições de distâncias, velocidades, etc.. Nada foi feito dum dia pro outro, e nem por acaso. Num dia surgiu-se a ideia de progresso, e em anos  foram desenvolvendo técnicas, num processo minucioso, lento e detalhadíssimo, para se obter o que temos hoje.
O feijão, por exemplo, não se pôs na terra sozinho, e nem nasceu cozido ou temperado. Foi preciso todo um processo de semeadura, aração, adubação, plantio, regamento e seleção.

Assim somos nós, grandes impulsivistas impacientes, ignorantes e temperamentais!

Tudo tem seu tempo e sua hora! Não adianta correr! Não há pressa!! A impaciência destrói condutas, amizades e almas! Isso é a lógica de tudo!!

Lembrem-se que motivação não combina com impulsão!! 

Se o propósito da minha vida é vencer, tenho que selecionar conceitos, estudar relações, poupar fundos e me posicionar como tal, afim de não ser destruído pelo impulso temporário de minha carne tinhosa; senão, arrependido, sofrerei sérias consequências.  
 
Nossos impulsos são causados pelos estímulos do neurônio, que, ligado ao coração, entra em choque com nossa consciência, causando dolos ao físico, como suadeira, baixo controle, tremedeira e excitação!! “Tudo o que nos sai da boca, é o que o coração está cheio!” 

Então, tratemos o coração antecipadamente, para que, curado da injustiça, da maldade e da malícia, traga bons fluidos aos neurônios, ao qual possa transmitir boas impressões à inconsciência, que, por sua vez, possa renovar a mente, levando-nos a paciência, a vitória e a superação!!

“Tudo não passa de simples questões de escolhas, e não de convicções, ideias ou pareceres! A vida é para ser vivida de maneira digna, e não impregnada de impulsos, que nada tende a nos oferecer! 

                                                                     Gláucia Cardoso