Gláucia Cardoso
Escritora romancista e revisora de textos
quinta-feira, 4 de junho de 2015
sexta-feira, 2 de maio de 2014
PARA OS BRASILEIROS QUE SE CONSIDERAM ARTISTAS!
ANONIMATOS DE TALENTO!!
É CERTO APAGARMOS NOSSOS DONS?
"Somos brasileiros anônimos, literatos e disciplinados no que se refere à dramaturgia de um pensador; considerados defensores das letras, das artes e da cultura!
O que temos que fazer para que venhamos a ser reconhecidos? Aumentar a força que há em nós? Cultivar o trabalho pela qual temos nos esforçado? Distribuir nossos dons e talentos para os quatro cantos da terra? Dedicar-nos com fervor naquilo que não se tem encerrado coisa alguma? Apresentar-nos como revolucionários no meio de um bando de preferenciadores exclusivistas?
Então, se isso for, deem-nos a fórmula, indiquem-nos a receita, apontem-nos o caminho! Precisamos urgentemente de respostas que possam nos levar além do mar, além do que isso que estamos sentindo! Lembrando que somos anônimos, romancistas, poetas, novelistas, artesões, pintores, revisores e artistas; grandes sonhadores sem papas na língua, prisioneiros de nossa própria insensatez, lamúria e jurisdições!
Necessitamos que o mundo nos enxerguem, nos avistem e nos tomem nota! Dedicados às letras, ao teatro ou coisa parecida, vivemos encarnados num talento desconhecido e desprezado por muitos; aferrados em propósitos e objetivos que se vão além da consciência; andando sem rumo, sem direções e sem perspectivas de progresso, pois as estatísticas não mentem no que se refere ao mundo artístico brasiliense!
No Brasil, onde a maioria de nós residimos, infelizmente não se há grandes padrões e nem existem maiores fornecimentos! Tudo é fútil e incerto, sendo inútil preservarmos uma esperança que só é firmada para além das terras gerais, em campos estrangeiros! Vemos em outras nações a prole do sucesso e seus derivativos se expandindo, levados pelo reconhecimento da arte, da madureza talentosa e da legitimidade do dom; tão diferente do nosso país pouco expansivo e pobre culturalmente - Grifo nosso.
Pode-se dizer que a ocasião de lá torna-se os literatos bem dispostos, reconhecidos, aplaudidos e agraciados pela diplomacia de tantos! Além de que, bem sabemos que literatos conhecem literatos, das loucuras de não sermos apadrinhados e bem vistos em terras brasileiras! Assim, perguntamo-los: "Teremos que sair do Brasil para sermos descobertos e valorizados?"
Muitos de nós, estamos providos dessa falta de prêmio, dessa desordem artística e dessa subtração pública e egoísta destinada apenas a numerários altos e a contas rechonchudas; tornando-se pura insensatez permanecermos presos a talentos sem motivações, significações e sem raízes! Não é a toa que nesse país do carnaval e futebol, a habilidade e o dom são traduzidos em preços elevados, valores exorbitantes e pedras preciosas; nada além que isso!
Digo que talentosos no Brasil, são como formigas que trabalham, que suam e que se dedicam em prol do nada, do vazio, no intuito de acumular obras em buracos imperceptíveis. Buracos que, no entoar do tempo, são despedaçados e pisoteados pelas feras de fora, as quais não valorizam empenhos e nem dão a mínima para labutadores.
Assim somos nós, excrementos que se fundam no chão, que são desprezados e largados de qualquer jeito! Não se há comprometimento com o mundo, devidos destalentosos que nos chegam à frente, movidos por seus inúmeros talões de cheques e por seus erres cifrões!
Se existe algum engano ou blefes nisso que dizemos, ou se, porventura, há certa urgência e necessidade de nos firmar como heróis, então por que ainda não descobrimos financiadores que gostem de nós, que vejam que valhamos pelo menos alguns míseros trocados? Ou mesmo, que aplaudem nossas ideias, que nos gerenciem, nos limitem e apontem-nos erros e acertos? Será que os tais, de fato, existem mesmo?
Não desejamos ser exclusivistas, mas, porém, ansiamos por um Brasil melhor, onde não se há acepções associadas ao dinheiro, e sim, a descobertas fabulosas e imprescindíveis! Não é a toa que existem tantos talentos camuflados em favelas, em ruas, em praças, em becos ou avenidas, esperando a ocasião certa para serem notados, apadrinhados ou respeitados pela mídia! Ao que tudo indica, suas entrelinhas estão repletas de coisas quentes, materiais importantes para novelas, filmes ou best-sellers!
Sendo assim, não podemos nos dar no luxo de cairmos na sarjeta, apagando nossos dons e nossa habilidade de ofício, mesmo tendo ciência desse mundo brasileiro e globalizado, repleto de exclusividades, de rótulos e preferenciais!
De fato, precisaremos de intermediários para nos servir de ligação, de apoio, de fundamento e de haste! Nisso, não temos qualquer dúvida! Além do mais, para onde quer que vamos, certamente necessitaremos de alicerces e de apoios financeiros! Isto é o nosso Brasil, meu povo! Realidade de cultura desprezada e esquecida! Que pátria amada é essa? Que berço esplêndido é esse?
Acaso, estamos dizendo coisas vãs ou sendo imprudentes em escrever estas verdades? Ou mesmo, estamos generalizando às coisas tão visíveis a olho nu? Pelo menos, na nossa concepção, acreditamos ser impossível não falar desses deslizes nos dias atuais! Mesmo porquê, se o mundo tem nos apresentado tantas portas para escolhas, então, porque a que nós, literatos brasileiros, queremos abrir, continua sempre fechada?
Tentaremos arrombá-la ou descomprimi-la do seu marco? Achamos loucura! Mesmo porquê, não dispomos de gorjetas ou gratificações extras para subornos! Se caso assim o fizesse, voltaríamos mais perdidos do que um trem fora do seu trio, devidas chaves que certamente não farão correr a lingueta com exatidão.
Estamos complicados demais com nossas lamentações e devaneios, a um ponto de explodirmos e mandarmos tudo para o espaço! É triste! Queríamos que algo nos acontecesse em breve, doravante ao nosso trabalho árduo e edificativo, para que assim nos calemos e nos curemos dessa maldita falta de reconhecimento público!
Asseguramos que existem centenas de "nós" espalhados por esse Brasil à espera de grandes oportunidades! Isso nos conforta e nos neutraliza à falta de juízo, sabendo que não estamos sozinhos, tendo milhões de talentosos gritando por socorro às margens do mar ou nas entrelinhas dum artigo fictício!
Estamos fartos de nos escondermos em livros, nas páginas e narrativas que nós mesmos criamos, citamos, dramatizamos e nos dedicamos, cujas palavras nos são tatuadas com disposição e alegria! Além do mais, não é a toa que estórias planejadas escolhem seus próprios caminhos e alcançam facilmente os melhores resultados! No entanto, a ficção é coisa trabalhada, baseada na imaginação daqueles que a dramatizam; considerada suposições ou relatos de ideias de caráter artístico, feitas para abrilhantar a narrativa!
Quanto a realidade, dizemos que não é fácil sermos escritores, editores, poetas, dramaturgos, pintores, revisores ou outros idealistas, e, tampouco, não sermos reconhecidos por ninguém! Os heróis do mundo estão por ai às soltas, prontos para atacar-nos às suas práticas materialistas, soberanas e viciosas, sabendo que somos anônimos e desprovidos de recursos! Até quando o nosso Brasil ficará nesse marasmo singular?
Queríamos que soubessem que o que falamos e o que buscamos nos são provindos da alma, nada diferente dos nossos sonhos, desejos e projetos! Tudo é-nos concernente a um dom, dom esse pouco aproveitável pelos de fora, mas que, na verdade, não se pode apagar, aniquilar ou se distanciar de nós! Isso é loucura! Nossa arte é o nosso tudo, e nossa paixão é o nosso alicerce, fundamento e excêntrica necessidade!
Não se há respostas concretas para o que sentimos interiormente! Podemos dizer que somos romancistas ou desesperadores, mas, porém, podemos garantir que somos também brasileiros, imperfeitos e de muita fibra; tendo que valorizar esse nosso país carente, e não nos dar no luxo de difamá-lo ou de aliarmos aos desígnios dos fracassos!
Aliás, nosso versos são nossas fontes, matéria importantíssima de inspiração, as quais dedicamos com exclusividade e grande fervor ao público; um público desconhecido que mal sabem de nós, mas que gostam do que fazemos e produzimos com a mente, mãos e coração!
Não esperamos nada em troca, nem ouro e nem prata desejamos obter, apenas meros reconhecimentos! Além de que, sem recursos, podemos dizer que nossas obras se tornam inválidas, mesmo sendo obtidas por inumeráveis lutas ou sido empregados todos os meios de autoajuda e reparação!
Não tivemos retorno e nem patrocínio algum devida injustiça de outros que nos arrotam as suas práticas ostentosas e suntuosas! Não sabem o que sentimos, e, tampouco, o que se passa com a gente! Nossa angústia é não podermos expressar nosso tudo, nossos dotes e nossos talentos, devida falta desses benditos recursos! Por isso, ironicamente dizemos: Bem vindos ao nosso Brasil! Um Brasil de sonho, de fantasia e de ilusão!
Angustiados, ficamos obrigados a nos calar e a enterrar nosso talento e a nossa abençoada prenda! Afinal, não temos título algum e nem merecimento alcançado, doravante à falta de auxílio e desesperado socorro! Queremos sair do marasmo, mas não podemos nos esquecer dessa realidade pouco favorecida!
Quanto ao espírito, somos maravilhosamente grandes; contrária é a nossa situação relativa à moeda, donde, até nossas letras se esvaem por falta de acomodações! Andamos como loucos a espera de apoios e em prol dessa fissura literária; não tendo mais que mantê-las sobrevoando sobre os nossos neurônios!
Estamos cansados de andar em círculos, de fugirmos da realidade e de nos aliar aos vícios dos nossos teclados! Hoje sofremos por não sermos reconhecidos, por sermos desvalorizados, questionados e esquecidos, coisas essas que nos causam náuseas e dores de cabeça. Não suportamos mais!
Onde passamos não encontramos nada, além de nossa própria imaginação, vaidade, inspiração e expressão da verdade! Por favor! Não apaguem isso que habita em nós, essa anarquia poética e essa liberdade de escrever o que sentimos! Não queremos, de forma alguma, desistir do nosso ponto mirado, e nem deixarmos de prosseguir com os nossos sonhos e ideais!
Ajudem-nos a preservar a cultura, àquela em que o espírito toma a melhor parte! Enxerguem a arte fabulosíssima das letras, as quais são traduzidas diariamente pelos sonhadores e por seus meios literários! Não estamos aqui para nos vender, a não ser, o de procriar a inspiração e o prazer de escrever! Queremos nos encher de forças para voar, sem medo de errar ou sentir!
De próprio punho escolhemos este caminho, o das letras, o da poesia e o da romanceira! No entanto, no entoar do tempo, sem patrocínio, sem amparo e sem resguardo algum, nossa arte tende a se apagar, esfriar e se extinguir.
Ajudem-nos a ressuscitar nossa cultura! Não anulem nossos talentos, nossas habilidades e nossos dons! Sabemos que a maioria de nós temos algo de útil a repassar ao outro, especialmente para aqueles que nos assemelham e se inspiram em nós! Isso não é brincadeira; é pura arte!
Não subestimem a nossa capacidade, inteligência, habilidade e dom! Elas realmente existem e merecem respeito e atenção! Não as deixem corrompidas pelas traças, abandonadas ou apodrecidas nas corrediças das gavetas, num fundo à parte donde ninguém jamais se atreveu a procurar! Apagando-as, quem nos valorizará?"
O Termo "Nós" (Primeira pessoa do plural) ao qual empreguei nesse meu texto, é relativo a uma visão global, ou seja, a um conjunto de talentosos que formam um todo, no intuito de dar ênfase ao contexto, substituindo o termo singular para o coletivo. Afinal de contas, a maioria de nós trazemos conosco algum tipo de dom, talento ou habilidade!
Gláucia Cardoso
ANONIMATOS DE TALENTO!!
É CERTO APAGARMOS NOSSOS DONS?
"Somos brasileiros anônimos, literatos e disciplinados no que se refere à dramaturgia de um pensador; considerados defensores das letras, das artes e da cultura!
O que temos que fazer para que venhamos a ser reconhecidos? Aumentar a força que há em nós? Cultivar o trabalho pela qual temos nos esforçado? Distribuir nossos dons e talentos para os quatro cantos da terra? Dedicar-nos com fervor naquilo que não se tem encerrado coisa alguma? Apresentar-nos como revolucionários no meio de um bando de preferenciadores exclusivistas?
Então, se isso for, deem-nos a fórmula, indiquem-nos a receita, apontem-nos o caminho! Precisamos urgentemente de respostas que possam nos levar além do mar, além do que isso que estamos sentindo! Lembrando que somos anônimos, romancistas, poetas, novelistas, artesões, pintores, revisores e artistas; grandes sonhadores sem papas na língua, prisioneiros de nossa própria insensatez, lamúria e jurisdições!
Necessitamos que o mundo nos enxerguem, nos avistem e nos tomem nota! Dedicados às letras, ao teatro ou coisa parecida, vivemos encarnados num talento desconhecido e desprezado por muitos; aferrados em propósitos e objetivos que se vão além da consciência; andando sem rumo, sem direções e sem perspectivas de progresso, pois as estatísticas não mentem no que se refere ao mundo artístico brasiliense!
No Brasil, onde a maioria de nós residimos, infelizmente não se há grandes padrões e nem existem maiores fornecimentos! Tudo é fútil e incerto, sendo inútil preservarmos uma esperança que só é firmada para além das terras gerais, em campos estrangeiros! Vemos em outras nações a prole do sucesso e seus derivativos se expandindo, levados pelo reconhecimento da arte, da madureza talentosa e da legitimidade do dom; tão diferente do nosso país pouco expansivo e pobre culturalmente - Grifo nosso.
Pode-se dizer que a ocasião de lá torna-se os literatos bem dispostos, reconhecidos, aplaudidos e agraciados pela diplomacia de tantos! Além de que, bem sabemos que literatos conhecem literatos, das loucuras de não sermos apadrinhados e bem vistos em terras brasileiras! Assim, perguntamo-los: "Teremos que sair do Brasil para sermos descobertos e valorizados?"
Muitos de nós, estamos providos dessa falta de prêmio, dessa desordem artística e dessa subtração pública e egoísta destinada apenas a numerários altos e a contas rechonchudas; tornando-se pura insensatez permanecermos presos a talentos sem motivações, significações e sem raízes! Não é a toa que nesse país do carnaval e futebol, a habilidade e o dom são traduzidos em preços elevados, valores exorbitantes e pedras preciosas; nada além que isso!
Digo que talentosos no Brasil, são como formigas que trabalham, que suam e que se dedicam em prol do nada, do vazio, no intuito de acumular obras em buracos imperceptíveis. Buracos que, no entoar do tempo, são despedaçados e pisoteados pelas feras de fora, as quais não valorizam empenhos e nem dão a mínima para labutadores.
Assim somos nós, excrementos que se fundam no chão, que são desprezados e largados de qualquer jeito! Não se há comprometimento com o mundo, devidos destalentosos que nos chegam à frente, movidos por seus inúmeros talões de cheques e por seus erres cifrões!
Se existe algum engano ou blefes nisso que dizemos, ou se, porventura, há certa urgência e necessidade de nos firmar como heróis, então por que ainda não descobrimos financiadores que gostem de nós, que vejam que valhamos pelo menos alguns míseros trocados? Ou mesmo, que aplaudem nossas ideias, que nos gerenciem, nos limitem e apontem-nos erros e acertos? Será que os tais, de fato, existem mesmo?
Não desejamos ser exclusivistas, mas, porém, ansiamos por um Brasil melhor, onde não se há acepções associadas ao dinheiro, e sim, a descobertas fabulosas e imprescindíveis! Não é a toa que existem tantos talentos camuflados em favelas, em ruas, em praças, em becos ou avenidas, esperando a ocasião certa para serem notados, apadrinhados ou respeitados pela mídia! Ao que tudo indica, suas entrelinhas estão repletas de coisas quentes, materiais importantes para novelas, filmes ou best-sellers!
Sendo assim, não podemos nos dar no luxo de cairmos na sarjeta, apagando nossos dons e nossa habilidade de ofício, mesmo tendo ciência desse mundo brasileiro e globalizado, repleto de exclusividades, de rótulos e preferenciais!
De fato, precisaremos de intermediários para nos servir de ligação, de apoio, de fundamento e de haste! Nisso, não temos qualquer dúvida! Além do mais, para onde quer que vamos, certamente necessitaremos de alicerces e de apoios financeiros! Isto é o nosso Brasil, meu povo! Realidade de cultura desprezada e esquecida! Que pátria amada é essa? Que berço esplêndido é esse?
Acaso, estamos dizendo coisas vãs ou sendo imprudentes em escrever estas verdades? Ou mesmo, estamos generalizando às coisas tão visíveis a olho nu? Pelo menos, na nossa concepção, acreditamos ser impossível não falar desses deslizes nos dias atuais! Mesmo porquê, se o mundo tem nos apresentado tantas portas para escolhas, então, porque a que nós, literatos brasileiros, queremos abrir, continua sempre fechada?
Tentaremos arrombá-la ou descomprimi-la do seu marco? Achamos loucura! Mesmo porquê, não dispomos de gorjetas ou gratificações extras para subornos! Se caso assim o fizesse, voltaríamos mais perdidos do que um trem fora do seu trio, devidas chaves que certamente não farão correr a lingueta com exatidão.
Estamos complicados demais com nossas lamentações e devaneios, a um ponto de explodirmos e mandarmos tudo para o espaço! É triste! Queríamos que algo nos acontecesse em breve, doravante ao nosso trabalho árduo e edificativo, para que assim nos calemos e nos curemos dessa maldita falta de reconhecimento público!
Asseguramos que existem centenas de "nós" espalhados por esse Brasil à espera de grandes oportunidades! Isso nos conforta e nos neutraliza à falta de juízo, sabendo que não estamos sozinhos, tendo milhões de talentosos gritando por socorro às margens do mar ou nas entrelinhas dum artigo fictício!
Estamos fartos de nos escondermos em livros, nas páginas e narrativas que nós mesmos criamos, citamos, dramatizamos e nos dedicamos, cujas palavras nos são tatuadas com disposição e alegria! Além do mais, não é a toa que estórias planejadas escolhem seus próprios caminhos e alcançam facilmente os melhores resultados! No entanto, a ficção é coisa trabalhada, baseada na imaginação daqueles que a dramatizam; considerada suposições ou relatos de ideias de caráter artístico, feitas para abrilhantar a narrativa!
Quanto a realidade, dizemos que não é fácil sermos escritores, editores, poetas, dramaturgos, pintores, revisores ou outros idealistas, e, tampouco, não sermos reconhecidos por ninguém! Os heróis do mundo estão por ai às soltas, prontos para atacar-nos às suas práticas materialistas, soberanas e viciosas, sabendo que somos anônimos e desprovidos de recursos! Até quando o nosso Brasil ficará nesse marasmo singular?
Queríamos que soubessem que o que falamos e o que buscamos nos são provindos da alma, nada diferente dos nossos sonhos, desejos e projetos! Tudo é-nos concernente a um dom, dom esse pouco aproveitável pelos de fora, mas que, na verdade, não se pode apagar, aniquilar ou se distanciar de nós! Isso é loucura! Nossa arte é o nosso tudo, e nossa paixão é o nosso alicerce, fundamento e excêntrica necessidade!
Não se há respostas concretas para o que sentimos interiormente! Podemos dizer que somos romancistas ou desesperadores, mas, porém, podemos garantir que somos também brasileiros, imperfeitos e de muita fibra; tendo que valorizar esse nosso país carente, e não nos dar no luxo de difamá-lo ou de aliarmos aos desígnios dos fracassos!
Aliás, nosso versos são nossas fontes, matéria importantíssima de inspiração, as quais dedicamos com exclusividade e grande fervor ao público; um público desconhecido que mal sabem de nós, mas que gostam do que fazemos e produzimos com a mente, mãos e coração!
Não esperamos nada em troca, nem ouro e nem prata desejamos obter, apenas meros reconhecimentos! Além de que, sem recursos, podemos dizer que nossas obras se tornam inválidas, mesmo sendo obtidas por inumeráveis lutas ou sido empregados todos os meios de autoajuda e reparação!
Não tivemos retorno e nem patrocínio algum devida injustiça de outros que nos arrotam as suas práticas ostentosas e suntuosas! Não sabem o que sentimos, e, tampouco, o que se passa com a gente! Nossa angústia é não podermos expressar nosso tudo, nossos dotes e nossos talentos, devida falta desses benditos recursos! Por isso, ironicamente dizemos: Bem vindos ao nosso Brasil! Um Brasil de sonho, de fantasia e de ilusão!
Angustiados, ficamos obrigados a nos calar e a enterrar nosso talento e a nossa abençoada prenda! Afinal, não temos título algum e nem merecimento alcançado, doravante à falta de auxílio e desesperado socorro! Queremos sair do marasmo, mas não podemos nos esquecer dessa realidade pouco favorecida!
Quanto ao espírito, somos maravilhosamente grandes; contrária é a nossa situação relativa à moeda, donde, até nossas letras se esvaem por falta de acomodações! Andamos como loucos a espera de apoios e em prol dessa fissura literária; não tendo mais que mantê-las sobrevoando sobre os nossos neurônios!
Estamos cansados de andar em círculos, de fugirmos da realidade e de nos aliar aos vícios dos nossos teclados! Hoje sofremos por não sermos reconhecidos, por sermos desvalorizados, questionados e esquecidos, coisas essas que nos causam náuseas e dores de cabeça. Não suportamos mais!
Onde passamos não encontramos nada, além de nossa própria imaginação, vaidade, inspiração e expressão da verdade! Por favor! Não apaguem isso que habita em nós, essa anarquia poética e essa liberdade de escrever o que sentimos! Não queremos, de forma alguma, desistir do nosso ponto mirado, e nem deixarmos de prosseguir com os nossos sonhos e ideais!
Ajudem-nos a preservar a cultura, àquela em que o espírito toma a melhor parte! Enxerguem a arte fabulosíssima das letras, as quais são traduzidas diariamente pelos sonhadores e por seus meios literários! Não estamos aqui para nos vender, a não ser, o de procriar a inspiração e o prazer de escrever! Queremos nos encher de forças para voar, sem medo de errar ou sentir!
De próprio punho escolhemos este caminho, o das letras, o da poesia e o da romanceira! No entanto, no entoar do tempo, sem patrocínio, sem amparo e sem resguardo algum, nossa arte tende a se apagar, esfriar e se extinguir.
Ajudem-nos a ressuscitar nossa cultura! Não anulem nossos talentos, nossas habilidades e nossos dons! Sabemos que a maioria de nós temos algo de útil a repassar ao outro, especialmente para aqueles que nos assemelham e se inspiram em nós! Isso não é brincadeira; é pura arte!
Não subestimem a nossa capacidade, inteligência, habilidade e dom! Elas realmente existem e merecem respeito e atenção! Não as deixem corrompidas pelas traças, abandonadas ou apodrecidas nas corrediças das gavetas, num fundo à parte donde ninguém jamais se atreveu a procurar! Apagando-as, quem nos valorizará?"
O Termo "Nós" (Primeira pessoa do plural) ao qual empreguei nesse meu texto, é relativo a uma visão global, ou seja, a um conjunto de talentosos que formam um todo, no intuito de dar ênfase ao contexto, substituindo o termo singular para o coletivo. Afinal de contas, a maioria de nós trazemos conosco algum tipo de dom, talento ou habilidade!
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
NÃO VALEMOS NADA ALÉM DE ERRES CIFRÕES CONSTITUÍDOS DE DÍGITOS E DE INFINITOS ZEROS!!
Venhamos saber
que títulos de renda, ações em alta, letras de câmbio, pedras preciosas e
dinheiros brutos, são preciosidades que atraem homens de todo mundo! Trata-se
de uma descoberta de grande admiração pública, explorada por compulsivistas, materialistas
e gananciosos!
Como uma simples
folha de papel pode gerar tantas disputas, brigas, guerras e dissensões? Essa
bendita moeda corrente tem preparado a terra para o grande choque, o grande
confronto entre homens, mulheres e jovens decentes!
Assim, começa a
peregrinação por robustas fortunas e luxúrias cambistas, proporcionadas por
ouros, esmeraldas, pedras preciosas e erres cifrões! Nossas ganâncias não tem
fim, cuja finalidade será sempre o de mudarmos o destino do mundo, de ruim pra
pior!
Os homens já não
têm mais paz, considerados, quase todos, mercenários do materialismo! Aliás, o
que fazem, o fazem erroneamente, realizando confrontos em cima de numerários,
moedas correntes e valores exorbitantes!
Ninguém consegue
dissipar tão desesperada loucura, virando um grande problemão para a
humanidade! Estamos vivenciando o avesso! O dinheiro está em alta, sendo o ouro
levado mais em conta que a vida do irmão, ou os bens materiais indo além que as
delícias dum mundo cristão paradisíaco!
A crença sumiu,
estando as igrejas quase zeradas! Não digo “igrejas” quanto ao número de fieis
nas instituições religiosas, porque, o que vimos, são templos lotados de gente
se dizendo crentes ou cristãs! Sobretudo, refiro-me “igreja” aos verdadeiros
Cristãos, adoradores de Cristo e praticantes da boa fé, as quais são louváveis,
amáveis, dóceis e amigos de inimigos!
São os que admitem que erram, sendo pecadores,
imperfeitos e carnais como qualquer outro; mas que, devido ao seu grande amor
pela Palavra Sagrada, se doam, se entregam e se humilham aos pés de Cristo! A
estes, infelizmente, existe uma inferioridade muito alta em número e devoção!
Assim, levando
em conta as coisas vistas hoje em dia, podemos concluir que a caça deixou de
ser uma perseguição às bruxas, dando lugar a um confronto particular entre irmão
com irmão, amigo com amigo, inimigo com inimigo, pai com filho e filho com mãe!
Estamos envolvidos pela facção egoísta, ostentosa e insuportável! O dinheiro
tem despejado até sua última gota venenosa, cuja doença tem se espalhado
espantosamente pelo nosso Brasil! Quem sabe, até pelo mundo afora!
Trata-se de uma peste causadora de
muitos males, muitos prejuízos e grandes mortandades! Uma maldição que faz com
que os homens fiquem mais desesperados, loucos e egoístas, aprisionados entre
grades, blindagens e gaiolas! Uma ganância que se propala em dias, meses e
anos, prometendo uma série de benefícios, como belas casas, bons carros, contas
gorduchas, altos salários, além de um mundo de ostentações!
A hora está
chegada, anunciando a sua voluptuosidade material e a sua lepra maldita!
Estamos acercados por mistérios, pragas e parasitas que nos alimentam os sonhos
de infinitas riquezas e besteiras!
Nem as crianças,
abaixo de anos, são poupadas! Nem os jovens, mais estudiosos e modernos, são
esquecidos! Nem os velhos, entendidos e experientes, são deixados de lados;
estragando um povo preso a raízes e tradições!
Oh dinheiro
maldito, que tem exercido influência nefasta, animalesca e negativa entre as
pessoas! Que faz com que o irmão machuque seu irmão, que os filhos percam o
respeito para com seus pais, que o vizinho se aborreça com nossas simples
práticas!
Oh dinheiro
cruel, sujo e arteiro, que tira o que está em casa alheia levando-o em cativeiro;
que vem subtraindo os valores de um bom cristão; que tem ignorado o humilde, o
sensato e o justo! Até quando limitaremos à sua má administração?
Será que esse
sentimento de grande proporção egoísta e materialista, realmente possa tornarmos
mais felizes do que já somos não tendo nada? Assim duvido! De antemão, posso
concluir que não podemos calar diante de tanta hostilidade, calamidade e
maldade!
Oh versados em
finanças e ostentações! Será que podemos acreditar num futuro melhor, sem
problemas, disputas e guerras, nos conscientizando dos malefícios que o
dinheiro nos traz? Será que realmente não dependemos desse maldito objeto de
apreciações para sermos bem sucedidos na vida?
Assim, devo
calar-me ou continuar me queixando de sua ilegitimidade, inutilidade e
desvalor, sabendo que, até o que escrevo nessas entrelinhas me serão cobrados
os tils, os acentos e os pontos finais?
Acreditem! Não
vivo de ideologias e nem de convicções precedentes! Além de que, não vivemos de
teorias ou de coisas inverossímeis, porque o que vemos, o vemos a olho nu!
Digo que não são
as ideias, cálculos ou previsões que caracterizam pensamentos audazes; mas, tão
somente, a certeza de que não valemos nada além de erres cifrões constituídos
de dígitos e de infinitos zeros!
Gláucia Cardoso
QUAL O MELHOR DIA QUE LHE CONVÊM!
Estou dizendo:
Ninguém poderá servir caviar em dias de gala e rotar pragas em dias quaisquer!
Digo que não há tempos específicos que merecem mais atenções que os
constituídos por trabalhos! O que somos hoje, deveríamos de o ser para todo o
sempre, e não apenas voltados em tempos festeiros ou feriados!
A regra é
preservar a boa naturalidade e o habitual de cada dia, não acobertados por
máscaras ou felicitações provisórias, nas quais favorecem apenas um conjunto de
datas selecionadas no calendário!
Temos que ser
sensatos e naturais todos os dias, usando-nos de características próprias nos
doadas desde o início de nossa existência! As datas festivas e os feriados,
sejam de qualquer caráter exclusivo, foram criados para complementar os dias
úteis, nos favorecendo direitos de regalias e entretenimentos saudáveis!
Assim, esses
dias agendados não deveriam de estar sendo tratados com exclusividades, as quais,
muitos, tem se entregado com ardor, fazendo graça, mostrando-se simpáticos e
sendo solidários num único dia!
Sabemos que, na
verdade, essas simpatias provisórias não passam de estratégias pessimistas,
quando, seus praticantes, apresentam-se de forma contrária no dia posterior,
sendo sugestivos a mudanças de temperamento e comportamento!
Sejam cautelosos! Marcar datas e
viver somente para elas nos torna simbólicos, tradicionalistas e irracionais,
quando comparados à série seguida dos tempos preciosos que ainda teremos pela
frente! Por isso, é sempre bom mantermos um mesmo padrão, uma mesma postura e
uma só objetividade, seja ela negativa ou positiva, para mostrarmos que somos
verdadeiros e não farsistas!
Devemos ser quem
verdadeiramente somos, tanto nos dias de ontem, nos de hoje, quanto nos dias de
amanhã! Não se é inteligente praticar coisas bondosas em tempos de regozijo e
se metamorfosear um ou dois dias depois!
Datas simbólicas
merecem destaque sim, desde que se prescreva a sua espontaneidade nas vinte
quatro horas que se seguem em ordem crescente! A indicação de dias, meses e
anos nos estabelecem tempos distantes, sabendo que, para alcançá-los, teremos
que passar primeiramente pelos dias atuais!
Datas
comemorativas como ano novo, carnaval, dia do trabalho, proclamação da república
e outros inúmeros feriados são muito comuns no Brasil! No entanto, muita gente
vem aproveitando-os para se esbaldarem nas suas orgias, bebedeiras,
maledicências, demências e vontades aprisionadas, alegando serem, esses dias,
propícios para esse tipo de atitudes radicais!
Assim também são
as datas religiosas como Natal, semana Santa e páscoa, consideradas dignas de
bondade, ao qual, tradicionalmente falando, são resguardadas, consideradas e
espiritualizadas por pessoas de todo tipo. Isso é bom, desde que essa prática
popular não venha mascarada num único dia, obrigando, aqueles vestidos de cordeiro,
a voltarem às suas práticas de lobo.
Sejamos sensatos: Não adianta sermos
espirituosos em épocas festeiras e aplicarmos maldades nos dias subsequentes!
Isso é muito louco! Além de que, usando essas práticas irrisórias sempre haverá
controvérsias, disputas e contestações, não é mesmo?
As festividades
nos são presenteadas para que saldemos nossos desejos e melhores momentos,
livrando-nos da fadiga do quotidiano! Assim, não estrague esses momentos
selecionados e os dias posteriores ao feriado! Tenha-os como ligas, correntes e
retas, e não como curvas, vergões ou medidas de afastamento! Consideremos,
pois, atitudes corretas e dignas de bons praticantes, não sendo-nos condizentes
com a mentira e a maldade!
Não soframos
modificações egoístas, barganhando nosso jeito de ser e nossa natureza
interior, pensando que, apresentando-nos de forma contrária num dia específico,
seremos merecedores de grandes honras!
É-se inteligente
não nos deixarmos envolver com o ato ridículo de falarmos manso, quando falamos
só gritando; fazermos elogios, quando somos atrevidos; fazermos caridades,
quando não somos misericordiosos! Assim, não sejamos bonzinhos em dias de graça
e maldosos nos dias que se procedem ao outro!
Alegremos,
pois, com as épocas marcadas no calendário e também com as épocas que se fazem
presentes entre nós! Além de que, não é um tempo de festa que qualificará nossa
idoneidade, mas sim, a nossa maneira habitual de proceder no dia a dia!
Façamos, então,
com que nossos corações condizem com nossa maneira usual de ser, lembrando que
comemorar significa agradecer; e agradecer nos intima a continuarmos
aperfeiçoando um dia de cada vez!
Assim, pondo em
prática essas regras, certamente ficará mais fácil mantermos vigilantes,
mostrando uma identidade mais saudável, mais verdadeira e mais espontânea, estando-nos
livres de falsidades e de possíveis contaminações!
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
O HOMEM INSTRUI E REPREENDE ÀQUELE QUE VERDADEIRAMENTE AMA!
Foi assim que
aconteceu comigo: Fomos, e ainda somos uma família numerosa de dez irmãos,
meninos e meninas saudáveis, atletas e artistas!
Em tempos
distantes, dividíamos uma chácara de mais ou menos uns 300 alqueires de área,
de fácil localização! Sua topografia era ótima, semi plana e totalmente
acercada por nascentes e pequenas cataratas; cuja extensão de campo se fazia
necessária para pastagens e plantações!
Naquela época,
levávamos uma vida de rei, uma infância arteira, turbulenta e gostosa, não
tendo tempo ruim para se fazer seleções! As árvores nos serviam de abrigos, e
os campos abertos faziam de conta que eram nossos centros esportivos, parques e
praças.
Ali, naqueles
campos maneiros, ficávamos propícios a entretenimentos, quedas de braços,
partidas de futebol e andanças de bicicletas, servindo também para ocasiões que
dispensassem grandes formalidades, como namoros ou conversinhas moles!
Minha mãe
cuidava do almoço, enquanto nós arávamos a terra para novas plantações de
milho, arroz e feijão. Meu pai, aquele velho tinhoso, exigente, rabugento e chato,
não parava de nos repreender, impondo-nos autoridade em cima de varas,
xingamentos e correções!
Era ele um
senhor muito magro, desajeitado, de falhos de barba, roupas maltratadas e de
chapéu engraçado. Ficava pitando seu cigarro mal cheiroso, enquanto roçava a
inchada pelo chão em busca de leguminosos para o nosso próximo desjejum!
Às manhãs,
enchíamos as latas de leite, ordenhadas pelas tetas das vacas, no intuito de
destiná-las a usina mais próxima, na fabricação de doces, queijos, manteigas,
etc.. A partir dali, começava nosso cansativo martírio, dentre tantas lutas,
sofrimentos e trabalhos suados, visando atingir alvos para a família “Conrado”!
Quanto às nossas
instruções e entretenimentos, apesar de morarmos na roça, sempre estudamos nas
melhores escolas das adjacências, e frequentamos as mesmas festas e badalações!
Éramos os
"irmãos prodígios", assim referido pela vizinhança enxerida, devidas
cumplicidades e idades equivalentes a pouco menos que dois degraus. Quanto aos
nossos nomes, começavam com uma mesma inicial, finalizando sempre com apelidos
esquisitos, como Rui, Dete, Sôn e assim por diante.
O tempo foi-nos
passando tão depressa, como um sobrevoar de uma gavinha apressada! Crescemos o
dobro do esperado, tendo-nos que nos transformar, de muitos a únicos!
Assim, nos
individualizamos, personalizando uma aparência robusta, séria e incivilizada;
dissociando, assim, nossa tão abençoada cumplicidade familiar!
Muitos de nós,
ambicionados pelas modas tecnológicas das cidades grandes, havíamos conquistado
independências, sendo preciso buscar um futuro brilhante em outras capitais!
Meus dois irmãos
maiores, por exemplo, estando no terceiro semestre de um ano sugestivo a
grandes plantações, imigraram para regiões vizinhas, no intuito de se
estabelecerem remuneradamente!
Digo
também, que alguns, levados por gênios travessos e por caminhos tortuosos, envolveram-se
em vícios, gandaias, jogatinas e drogas, arrependendo-se não muito tempo à data
de hoje!
Todavia,
olhando-os tomarem caminhos diversos, sabia que aquilo que era bom entre nós
estava prestes a desaparecer, devido às novas práticas e os novos costumes
indo-se de contra mão ao ambiente gostoso de chácara ao qual desfrutávamos!
Do mesmo modo
que eles, eu também sonhava por um tempo melhor do que aquele que vivia na
roça! Além de que, eu era um pião desajeitado e cru, um simples caipira,
rústico e desbocado, mas de boa instrução!
Porém, mesmo sendo um capiau de roça, não
conseguia afastar-me daquela terrinha verde, abençoada e acolhedora, e nem
daquela gente suada, atracada as suas rotinas chulas, rústicas e costumeiras!
Além de que,
gostava de cuidar dos bichos, adubar as plantações, arar a terra e guarnecer os
chiqueiros! Eram coisas que meu pai havia me ensinado, me instruído e me
qualificado! Não sei dizer o porquê dessa minha escolha! Apenas amava o que
fazia, e pronto!
Minha vida no
campo era boa, quando comparada aos assomos da tecnologia das cidades
avançadas! Eu não gostava do que ouvia nas rádios, televisões e jornais, quando
me envenenavam seus noticiários sobre crimes, assaltos, contrabandos,
extorsões, desastres, sequestros e mortes!
No entanto, uma
coisa é certa, não estando em mim o direito de esconder, mentir ou omitir a
verdade! Posso estar seguro de que essas práticas ruidosas também vinham sendo
vistas em cidades de campo como a minha; pois, de fato, ainda hoje, a
criminalidade vem contribuindo para a nossa desestruturação, atingindo todo o
Brasil com suas facções contrárias às leis morais e aos bons costumes; chegando
a ocupar parte dos terrenos cobertos por matos!
Reafirmo que
temos vivenciado a violência aqui conosco, noite e dia, mas, porém, em grau inferior
às grandes capitais! A meu ver, isto mostra que as propriedades rurais têm
servido, muitas vezes, de pontos de esconderijos para desertores!
Mas, apesar dos
pesares, aquela vidinha campesina e grotesca de campo era tudo pra mim, ainda
que a tecnologia estivesse se estendendo cada vez mais entre os terrenos rurais!
Eu tinha internet, mas não tinha amigos a quem compartilhar ou curtir! Eu tinha
telefone portátil, mas faltava-me assunto para enviar torpedos ou mensagens!
No entanto, uma coisa era certa e não pode ser
esquecida: Era o trato rude do meu pai para comigo! Mesmo entrando em idade
maior, abusando de eletrônicos modernos e comendo a melhor comida de campo, eu continuava
sendo repreendido e admoestado severamente por aquele velho ranzinza, de mãos
calosas, unhas compridas, cabelos crespos e veias grossas!
Não entendia a
maldade de seu destratamento! Afinal, eu era o único que restara em sua
companhia, dentre uma turminha boa de dez irmãos! Fazia tudo que me pedia, como
seu vassalo, como um cumpridor de seus exercícios, um subordinado sujeitado a
um capataz mal criado! Sentia-me como uma rocha do mar, sendo açoitada pelas
ondas tempestuantes das águas!
Apesar de amar
tudo que fazia, não tinha a menor pretensão de continuar sujeitando-me de
escravo! O que meus irmãos haviam-me deixado de legado, era um pai frio,
distante e autoritário; um dominador que me inquiria até as tripas do meu
intestino! Assim, tinha que continuar na lida, trabalhando de sol a sol ou de
chuva a chuva, sentindo-me desprezado, rejeitado e lançado aos abutres!
Para mim, os
piores dias que já passei foram quando, em poucas vezes, meus irmãos vinham nos
visitar! Eu ficava de butuca, silencioso atrás da porta, espiando aquele velho
turrão sedentário, de sessenta anos, tomando-os em cerimônias e em muitos
banquetes!
Era um tal de
ficarem se abraçando, trocando presentes e se bajulando, como se eu não
existisse na família, tendo-me como um João Ninguém desajeitado e sem prumo na
vida!
As reuniões eram
sempre ao ar livre, encerradas com as melhores carnes de curral e bebedeiras
geladas, como cervejas, vinhos e cachaças! Ficavam curtindo os sons da viola de
um errante cantarolador, ou mesmo, ouvindo os grandes mestres nacionais no
aparelho de som!
Quanto a mim,
que sempre estive do lado daquele velho ranzinza e ingrato, nunca fui recebido
com honras ou aplausos, só arrogâncias e mandatos; e nem ao menos as migalhas
dos banquetes me sobravam, tendo que me refugiar aos porcos, cavalos, gatos e
cachorros!
Enquanto meus
irmãos cheiravam perfume francês, eu fedia estrume de boi, lavagem de porco ou
merda de vaca! Lembro-me de vê-los desfilando suas roupas caras e importadas,
enquanto me contentava com meus simples trapos e minhas botas desengonçadas!
Muitos anos
fiquei me excomungando entre campos, pastos e chiqueiros, executando serviços
braçais, quando também, ia acumulando muitas raivas! Chorava sozinho,
totalmente amargurado e constrangido pela indiferença e insensibilidade do meu
pai para comigo! Achava que não me amava o tanto como amava os seus filhinhos
queridos, ingratos e mal agradecidos! Filhos que o deixaram desamparado, o
rejeitaram e se envergonhavam de seu mal cheiro e de seus maus trapos!
No entanto, como
tudo que é vivo um dia acaba se definhando, meu pai entrava nessa fase de mudanças
físicas e psicológicas! Suas forças esgotaram-se, tornando o corpo mais frágil
e delicado! Seus cabelos esbranquiçaram, perdendo os reflexos auditivos e as
capacidades visuais! Para andar, precisava ser amparado por bastões, homens ou
andadeiros! Por consequência, dependia de mim para locomovê-lo a um simples
banheiro, estando completamente sujeitado aos meus cuidados!
Eu o olhava ao
ponto de vomitá-lo as minhas indignações e os meus conflitos internos! No
entanto, ele apenas sorria-me de modo único, angelical e gostoso, tratando-me à
vontade e com melhores sutilezas!
Num certo dia
que não estava esperando, senti que me olhava de um modo diferente aos outros
dias, como se quisesse e precisasse me dizer algo! No entanto, lembro-me de
vê-lo suspirar algumas vezes, mantendo a garganta estrangulada e os olhos
úmidos. Logo, falando baixinho, engasgado e muito cadenciado, recostou-se ao
meu peito ofegantemente e se alegrou!
Eu tinha pena
dele, ao mesmo tempo em que não me sobrava qualquer tipo de afeiçoamento,
carinho ou remorso! Estava ferido, dilacerado e compromissado com meus traumas
e minha vulnerabilidade caprichosa!
Queria chorar,
como todas as vezes que chorei sozinho! Mas as lágrimas vinham secadas dos
olhos, motivadas pelo brio desgostoso e pelo meu maldito orgulho ferido!
Assim, antes que
alguma coisa inútil e imprestável saísse de minha garganta, ou que, porventura,
lhe faltasse com algum respeito, ele, simplesmente, topou mão em parte do meu braço,
dizendo-me seguidamente: "Filho
meu! Estou velho e acabado! Minhas forças esgotaram-se! A você, tenho confiado
o meu campo, minha chácara, minha usina de leite, meu gado, minha plantação e
minha vida! Em minha mocidade, o treinei para que fosse melhor que a mim nos dias
de minha velhice! Vejo que meu esforço e investimento não foram em vão! Estou
feliz porque vejo que és o meu melhor soldado, ao qual, o que nunca vi nos seus
irmãos, sempre enxerguei em ti! Assim, tudo o que é meu, se torna nosso!"
Emoção maior não
poderia sentir naquela hora! Emocionadíssimo, fiquei-me autoflagelando à custa
de remorsos e arrependimentos, devidas injúrias atiçadas contra ele no passado!
Deveria saber que aquele velho autoritário me amava incondicionalmente, ao
ponto de preparar-me para as boas colheitas dos dias vindouros!
Tinha que ter em
mente que, como pai, nunca desprezaria ou deixaria de amar seus outros filhos;
filhos ingratos, que se esqueceram de seus conselhos, que se comprometeram com
gastos excessivos, que se individualizaram em cidades grandes e que lhe
abandonaram!
Todavia, tendo
em memória a parábola do "filho pródigo", hoje entendo o seu tão
maravilhoso legado para comigo! Certamente, sempre amou esse seu filho
rejeitado acima de toda riqueza, todo dinheiro e toda magnificência; sabendo
que nunca me desampararia, assim como jamais viria sair do meu convívio!
Se não fosse por
ele, eu não estaria ali! Afinal, confiava em mim e me amava incondicionalmente,
ao ponto de entregar-me tudo que havia conquistado durante uma vida inteira!
Eu era seu
sucessor, àquele que levaria seu nome, que seguiria adiante os seus interesses,
os seus costumes, os seus ideais e os seus planos, como uma corrente ligada a fios
elétricos ou a elementos condutores!
Oh grande homem
que queria apenas o meu bem, e que, todo tempo me ensinava, me instruía e me
fortalecia, não me deixando afastar do ponto de partida e nem estragar os meus
valores!
Hoje, tenho
ciência que precisei passar pelo fogo, ser repreendido, instruído e admoestado,
para, somente depois, vim receber tão maravilhosa benção e recompensa!
Tive que ser trabalhado, moldado e lapidado, como joia rara, preciosa e de boa qualidade; tendo agora que dar sequência àquilo que meu querido e velho pai tinha principiado e adquirido por meio de esforços e trabalhos brutos!
Tive que ser trabalhado, moldado e lapidado, como joia rara, preciosa e de boa qualidade; tendo agora que dar sequência àquilo que meu querido e velho pai tinha principiado e adquirido por meio de esforços e trabalhos brutos!
Afinal, assim
como Deus Pai nos instrui, nos capacita, nos ensina e nos exorta, sendo-nos
considerados seus filhos amados, na sua vez, o homem também é capaz de instruir
e repreender àquele que verdadeiramente ama! Aliás, foi assim que aconteceu
comigo!
Texto ilustrado em primeira pessoa, cujos protagonistas são fictícios!
Gláucia Cardoso
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
O NATAL NÃO SE CRIA! SIMPLESMENTE ACONTECE!
Tudo começou assim: Já passam das seis horas do dia
vinte e quatro de Dezembro, num espaço compreendido entre o finalzinho de tarde
e a entradinha da noite! Os postes começam a arder suas luzes artificiais,
simulando um espetáculo de autos brilhos! A noite promete ser quente, devido
tempo que se faz mormacento! As ruas estão um caos, lotadas de gentes
apressadas, carregadas de suas inúmeras sacolas e pacotes coloridos!
Às sete, um
menino andarilho atravessa o betume do asfalto vizinho! Traz pelas mãos
calosas, uma espécie de saco de dois fundos, usado como tipo de bolsa para
mendicantes! Os pés não se aguentam de tantos calos, cujas chinelas velhas é
que fazem o trabalho pesado!
Sobre o rosto
perebento, esconde as marcas da sofreguidão, cuja roupa lhe evidencia a
sujeirada física, quanto, também, as suas manchas e seus borrões! Mesmo assim,
não pára seu trajeto, movendo-se de lá pra cá em ritmo acelerado, sendo
insistente e bastante preciso nas suas convicções!
Após um período
de espera, durante uns sessenta minutos mais ou menos, precisamente às oito da
noite, sai o menino atropelando quem se vê pelo caminho! Tem urgência de
comparar os adornos natalinos das residências coloniais, atento as vidraças
frágeis e as cortinas transparentes!
No interior das casas, avistam-se pais, mães e
um bando de jovenzinhos salientes, às vésperas de mais um nascimento de Jesus!
Lá dentro, se há
momentos harmônicos, de paz, confraternizações e regozijos; enquanto, lá fora,
a cena é outra, de muita tristeza, ao ver um menino pobrezinho e raquítico à
espera de sua bola de couro ultra lV, seu skate red nose e seu par de tênis all
star!
No decorrer das
nove horas, crianças saem anestesiadíssimas de suas moradias, deixando para
trás seus parentes ao som de grandes hinos! O menino logo os enxerga, comovidíssimo,
quando conjuntam olhares perdidos para o céu estrelado! O que buscam do alto, o
buscam com adesão e adrenalina, ansiosos pela aparição de alguma rena
encantada, ou mesmo, de um velho de barbas brancas, cabelos de neve, roupas
vermelhas e botas desengonçadas!
Atento neles, o
menino então sacode o pó de suas chinelas velhas, voltando o olhar na direção
das chaminés! "Será que papai
Noel existe mesmo?" Pergunta para si mesmo!
Logo,
precisamente às dez da noite, uma lâmpada tubular faz passar pelo fio condutor
a sua corrente elétrica, revestindo as lampadazinhas e suas cascatas pintadas
de cores vivas! O cenário é encantador, magnífico e apaixonante; lembrando que
o natal tem a função de tornar o ambiente autêntico, consagrado e mais gostoso!
Chegando às onze
horas, as mesas já estão postas e fartas, repletas de coisas saborosas e
gostosas! Acompanhados aos pratos, talheres e guardanapos, estão, pelo menos,
três tipos de carne assada: "Perus ao molho espesso, chesters ao molho
tinto e pernis com especiarias!
Os arrozes de
forno vêm por último, coligados aos tutus a moda antiga, as farofas cook
delights e as variadas frutas secas! Também não podiam faltar as bebidas
geladas, aromáticas ou quentes, e os copos e taças transparentes!
O menino pobre,
já aflito, olha para os ponteiros do relógio mais próximo: Está prestes a tocar
as doze badaladas! Então ele corre, corre muito, totalmente desesperado, na
ânsia de buscar o seu tão desejado presente! No rosto, traz expressões
afoitantes, acompanhadas por uma dificuldade imensa de respirar!
No momento em
que corre, o céu fica piscando e se abre rapidamente, ardido pelos shows
pirotécnicos e pelas labaredas dos foguetórios! São vistas dezenas de pessoas
se abraçando, tantos brindes, tantas alegrias e tantas confraternizações;
ficando difícil, para um menino de onze anos, vir fazer parte de tais
cordialidades e comemorações!
Do mesmo modo,
voltando a olhar de esguelha, fatalmente encontra os seus presentes, centenas
deles, esparramados em poltronas, tapetes, jardins, ruas e avenidas! São
dezenas de crianças brincando com suas bolas de couro ultra lV, seus skates red
noses e calçando seus tênis all stars!
Desde as doze da
noite até às quatro da matina, as horas disparam violentamente: uma, duas,
três, quatro, e nada do seu presente chegar! "O Natal realmente não existe! Bando de mentirosos mal
intencionados!" Conclui com seus próprios botões.
Todavia,
frustradíssimo, finalmente priva-se daquilo que esperava com tanto ardor;
tirando de si o gozo que sentia pelo natal!
Assim, volta
angustiado e abatido para casa! Uma casa humilde e sem conforto, afixada numa
ruinha torta e desbarrancada!
Sua barriga
fabrica bolhas, tendo pressa de chegar antes do galo cantar! Além de que, seus
pais devem de estar lhe esperando, para juntos deslancharem a tão esperada e
grandiosa ceia de Natal: Um prato de arroz com feijão frio, e uma fatia de ovo
frito!
Dias se passam,
assim como semanas, meses e estações! Quanto ao menino, continua desesperado,
realizando seu trabalho bruto e suas tarefas humilhadas do cotidiano!
Porém, aconteceu
que, o menino, finalmente, viera descobrir o valor de seu Natal num dia em que
não estava esperando; num tempo onde as ruas encontravam-se quietas,
desabitadas e sem enfeites natalinos!
Nesse dia, bem
distante da próxima data natalina, as pessoas estavam sem paz, sem harmonias e
sem educações, voltadas no seu mundinho único, isolado e cheio de complicações!
E tudo terminou assim: Era às vésperas
de um tempo difícil! Nesse dia, o céu não está grandemente limpo e as calçadas
encontram-se tão porcas!
O menino,
revirando os lixos domésticos, longinquamente, avista outro menino! Suas idades
parecem igualadas, do contrário, são suas vestimentas: A de um, estão sujas e
rasgadas, e a do outro, encontram-se aparentemente limpas e apuradas!
O menino, de
vista nobre, traz pelas mãos uma caixa plana, mediana e com ângulos retos! A
intenção é de atirá-la para a lixeira, devido a pouca utilidade e pouca
serventia!
Assim, parados
frente a frente, ficam se observando, estabelecendo diferenças e padrões: Um:
pobre, magro, sujo e desajeitado, enquanto o outro: rico, isento de imundícies
e bem aparentado!
Parecendo fácil,
como de costume, o pouco favorecido inquire ao outro uma pergunta: "Tem alguns recicláveis pra mim?" Ao
que, o outro, rapidamente lhe responde: "Não tenho não! Apenas trago comigo restos de outros natais!”.
Todavia, antes
de jogar a caixa ao lixo, o de condição boa se compadece do de ruim condição,
levado pelo sentimento misericordioso! Assim, gentilmente lhe doa a sua caixa
de papelão! De diferente modo, o menino pobre não lhe agradece, apenas sorri entre
dentes e sai!
Mantido ainda
desanimado pela esperança perdida, continua, então, a garimpar os monturos de
lixo em busca de melhores recicláveis, até o findar do sol e o renascer da lua!
Daí, já agastado pelo trabalho suado, decide assentar-se no meio fio,
intencionado de abrir aquela bendita caixa de papelão!
Abrindo-a, para
sua surpresa, lá está a bola de couro ultra lV, o skate red noses e um par de
tênis all star, sendo apanhados em fragrantes e em perfeitas condições!
“Nossa! Precisavam ver o feitio de seu rosto
claro, brilhante e espairecido! Jamais se igualará felicidade maior do que a
desse dia qualquer!”
O menino havia
se engasgado pela euforia! Assim, impulsiona o corpo do chão a procura de sua
própria altura, como num salto! Por consequência, calça seu tênis all star,
jogando fora as chinelas velhas; cinge com os braços a sua bola de couro ultra
lV e, seguidamente, trepa no seu skate red noses, seguindo feliz caminho a
fora!
Para esse menino
tão desajeitado, triste e desesperançado, esse dia tão corriqueiro e dado como
um dia comum, assinalará o seu melhor dia de Natal! Um Natal inspirado pelas
graças, bondade e pelo grande amor de Cristo, que não esquecera, em nenhum
momento, de suas preces e de sua miserável condição!
Além de que, o
Natal não ilustra indicatórios de tempos, meses e anos; e nem a paz, alegria,
amor e fraternidade poderão ser anulados fora de uma data específica, ou mesmo,
de um tempo criado em cima de regras, doutrinas e exceções!
O que podemos
realmente concluir é que o Natal não rejuvenesce apenas no dia 25 de dezembro!
Ele simplesmente acontece, manifesta-se e revela-se inesperadamente em épocas
não determinadas pelo homem! Lembrando que Deus não sobre-existe numa
simbologia inventada sob formas prescritas ou datas comemorativas!
Verdadeiramente, Ele,
sendo o criador da humanidade, se faz onipresente, onisciente e onipotente,
enquanto nós, como criaturas, somos feitos à Sua Semelhança! Assim, como
ovelhas de seu aprisco, devemos respeitar o Natal, vivenciando-o um dia de cada
vez!Gláucia Cardoso
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
AFINAL! O HOMEM EVOLUIU OU RETROCEDEU?!
Existem inúmeros
conceitos sobre a evolução do homem quanto a sua espécie, transformação e
desenvolvimento progressivo! Basta correlacionarmos esses processos evolutivos
com a ciência, história e matemática, ou mesmo, levantar hipóteses teóricas que
possam até ser convincentes, mas que, na verdade, não passam de ideias
principiadas de achados arqueológicos!
Pois bem! Muito
se fala sobre a origem dos homo sapiens, primeiros ancestrais surgidos há
milhões de anos atrás! Segundo estudos científicos, esses tais se diferenciavam
dos demais primatas pela sua capacidade de adaptação, postura ereta, atuação e
raciocínio!
Temos ai a
famosa “Lucy”, o primeiro ancestral bípede preservado durante anos! É claro que
na comparação com as estruturas ósseas dos seres humanos, torna-se evidente que
nossas características se assemelham muito com os macacos.
No entanto,
devemos levar em conta que também temos parecenças com outros bichos, como os
cachorros, por exemplo, que são capazes de produzir um som ofegante e que
demonstram estarem felizes, tristes, bravos ou depressivos! Ou mesmo, quando
somos imitados pelo “papagaio”, ao qual tem a capacidade de falar, tendo
sensores que o permite estar sempre ativo, como também, de segurar o alimento
com o próprio pé!
Por conseguinte,
podemos falar sobre a evolução do homem em cima de conhecimentos adquiridos por
cientistas, arqueólogos, historiadores e até professores de escolas públicas ou
particulares!
Todavia, o que
temos ouvido de psicólogos, leigos e de pessoas de todo tipo, é que essas
mutações e metamorfoseamentos, em vez de evoluírem, estão retrocedendo cada vez
mais, à medida que evidenciamos e modernizamos os fatos!
Na altura em que
estamos agora, inseridos num mundo tecnológico cheio de eletrônicos e regalias,
o que se é colocado em questão é a maneira de deixarmos de lado as instruções
primitivas, exempladas dos tempos remotos, dando lugar a meios mais práticos e
fáceis de manusear!
Vejamos bem: Se
as propagações da história antiga se encaixam, ou as mentiras e verdades não se
confirmam no que diz respeito à mutação do macaco para o gênero humano,
podemos, sem dúvida, levantar questões sobre o que temos visto hoje em dia:
"Um mundo de androides sendo controlados por dúzias de abutres!”.
Então, podemos
concluir de fato que, no mundo atual, o homem vem se assemelhando cada vez mais
com os macacos e com os bichos dos tempos primitivos!
Digo “androides”
para que saibam da nossa condição "homem máquina", e digo “macacos”
para que possam comparar as peripécias do “homem arteiro”, ao qual,
literalmente falando, vivem isolados, são temperamentais, velhacos, astuciosos
e muito radicais!
Assim, metaforicamente,
vimos macacos se sujeitando a macacos e primatas sendo guiados por primatas,
sendo forçados a trabalhar duro para cumprir regras e leis; andando em
obediência aos que vivem se alimentando de coisas mortas!
Sim, minha
gente! Estamos vivenciando a era do caos, dos primeiros primatas e descendentes
de zumbis, submetidos pelo medo, pela revolta, pela cobiça, pelo desespero,
pela impunidade e pela vergonha, sendo dependentes daqueles que crescem em
cavernas remotas!
Usando a lógica
desse raciocínio, pode-se claramente complementar que a evolução ainda não fora
concretizada - como muitos dizem por ai - graças à capacidade do homem de ficar
andando para trás, em ritmo morno e em fase de processamento!
Vejamos bem:
Muito se falam em globalização, avanços tecnológicos e crescimentos avançados!
Convenhamos que essa tal de tecnologia moderna tenha realmente contribuído, e
muito, para a nossa valorização sociocultural e para nossas faculdades
intelectuais - imaginação, raciocínio, lógica, memória e concepção - quando
vemos o homem sintonizado com mídias, máquinas, e entretenimentos coligados a
telas de computador, TVs de alta resolução, automóveis adaptados, e uma selva
de celulares, laptops e etc...!
Todavia, tudo
leva a crer que realmente estamos em vantagens em relação ao homem primata, que
usavam de instrumentos de pedra, marfins, fogo, arcos e flechas para caça/defesa,
e cabanas cobertas de pele para sobreviver!
Assim, tomando
base dessas diferenças, reafirmarmos que, o homem atual, em vez de crescer, se
definha! Analisaremos, pois, essa questão, sabendo que, o que era para evoluir,
a meu ver, parece estar retrocedendo!
Vimos tantas
tecnologias, tantos suportes de última geração, tantos eletrônicos e
modernidades, e o homem, simplesmente, insiste em continuar se degenerando! É
triste!
Há pouco tempo,
praticamente ontem, podíamos de modo livre, transitar pelas ruas, avenidas e
praças das cidades, indo-se conforme nos parecesse útil e agradável!
Hoje,
infelizmente, vivemos trancafiados, arredios e presos num mundo arteiro e
ilusório, cheio de hipocrisias, contrabandistas e bestas! Nosso estado
emocional não nos deixa mentir, resultante da consciência de perigo, ameaça e
terror, quando vemos “gente tendo medo de gente, gente aterrorizando outras
gentes e gente matando outras gentes”!
Estamos
aprisionados por feras, por homens das cavernas e por selváticos
contemporâneos! O mundo se tornou um motim, uma floresta de grande
extensão animalesca; um labirinto complicado, cujos caminhos não se interligam
e nem se igualam! Isto não é uma lástima?
Acredito que o
homem sem cultura vive em função de detonar os que buscam cultura, devida baixa
estima alteradíssima ou instruções negativas de berço! Daí, o motivo para se
portarem como loucos, como asnos, tendo que manter suas superioridades de
macacos para se sentirem melhores consigo mesmos! São, na grande maioria,
primatas de última geração, que, em vez de evoluírem, degeneram, em busca de
carcaças, carniças e marfins!
A ordem desses
caçadores é de indicar, por meio de autoridades supremas, o seu domínio, poder
e força maior; usando o fogo, descoberto pelos primeiros primatas, como
artifício para cozer a caça, e, consequentemente, os “arcos e flechas” - também
conhecidos como revólveres - para se posicionarem como líderes de “clãs” –
também chamadas de cidades!
Sabemos que no
período da pré-história, o comportamento de nossos ancestrais apresentava
hábitos tão iguais quanto aos nossos macacos contemporâneos, subtraindo apenas
um fato: A dos primatas de antes serem ignorantes, e aos de hoje serem
superficiais!
Não é segredo nenhum dizer que enquanto os
antigos usavam de pedras e paus para se protegerem de uma situação ameaçadora,
os macacos de hoje usam de armas e metralhadoras mais sofisticadas, a procura
de presas fáceis, desprotegidas, carentes e desamparadas; nascendo, assim, o
período de perseguição ao inimigo!
A produção dos
rudes instrumentos na época das cavernas, não só denotava inteligência e capacidade
do homem de raciocinar e ir-se além, mas, como também, lhe capacitara a
desenvolver grandes coisas, como essa tal de tecnologia moderna!
Venhamos crer
que, os homens pré-históricos eram rudes na verdade, mas que, não passavam de
grandes artistas ignorantes, por não estarem coligados a tecnologia e as ciências
dos nossos primatas atuais!
Do contrário, os
animais de hoje, mesmo estando adestrados, instruídos e globalizados por
máquinas e sofisticações, ainda vivem em pontos de agulhas, perseguindo presas
e arrumando confusões em casas alheias; mantidos as mãos e pés por unhas
afiadas! Vimo-los por ai, recolhidos em gaiolas ou em prisões, escondidos em
cavernas sujas ou brindadas! Realmente podemos chamar isso de evolução?
Cheguemos,
então, a conclusão que, até a época presente, o homem atual ainda não se
aperfeiçoou como deveria; continuando a usar de armas cada vez mais polidas e
bem mais sofisticadas que as pedras lascadas!
Assim, penso eu
que, quem sabe durante a grande revolução de mais ou menos uns 10 milhões de
anos depois, esses primatas contemporâneos possam realmente se desenvolverem,
se aperfeiçoarem e se unirem às suas tribos modernas, ou mesmo, regredirem para
suas respectivas cavernas subterrâneas!
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
EM QUAL SINAL GRÁFICO VOCÊ SE IDENTIFICA?
Os sinais gráficos são partes integrantes da ortografia, empregados como recursos básicos e essenciais a um grupo de palavras, no intuito de darem sentido completo as frases, textos, versos e expressões!
Estão
representados em quase todo globo terrestre, sendo os mais aprendidos, os mais
ensinados e os mais utilizados! Sua função é prestar-nos serviços de correção,
instrução, apoio, auxílio e capacitação, proporcionando-nos falas mais claras e
soltas, e escritas mais adequadas e dinâmicas!
Os papéis dos
sinais de pontuação podem ser vistos como provisórios, transitórios ou
temporais, mas, para mim, são considerados permanentes! Pode-se ditar uma
versão mais aberta de que seus conceitos nos sirvam realmente de base e de
estrutura, como expressões de sentimentos, tais como, empolgação, dúvida,
clareza, surpresa, interrogação, indignação, interrupção, explicação ou
continuidade!
Pois bem! Tendo
em visto que esses argumentos obrigatórios, prescritos pela gramática, nos
sejam úteis, usá-los-emos também em nossa "condição sócia humana", a
fim de determinarmos em qual sinal gráfico nos encaixamos! Lembrando que o
intuito dessas abordagens será apenas de definir, determinar e revelar o que
realmente somos como matéria!
Começaremos,
então, citando alguns comparativos entre "os indivíduos e os sinais
gráficos":
Indivíduos "parênteses" -
Podemos facilmente classificá-los como aqueles mais quietos, tímidos e
neutrais! São os que se isolam facilmente diante de um determinado problema ou
circunstância, não prestando favor de comentar ou argumentar algo que possa ser
útil ou inútil, positivo ou negativo!
Servem para
ouvir, mas não prestam para abortar, instruir ou capacitar, vivendo no seu
"eu" exclusivista, sendo arredios e entre partes!
Alguns invocam
obstáculos, enquanto outros desempenham o papel de intermediários! Todavia,
sempre voltam para suas reservas particulares, interpostos no seu mundinho
preservado de "não sei para quem ou não sei para onde"!
Indivíduos "aspas" -
Contrário aos indivíduos parênteses, são considerados as "aspas do
caminho" por serem indivíduos ostentosos, suntuosos e exagerados! São os
que se destacam, citam, realçam e aparecem frequentemente!
Tem o costume de
opinarem e de se expressarem por meio de ênfases e falas exageradas, no intuito
de impressionar e exprimir ironias, desejos ardidos e sentimentos sublevados!
Possuem uma enorme necessidade de serem destacados, realçados, vistos,
contemplados e aplaudidos!
Indivíduos "reticências" - Como o
próprio nome diz, são aqueles reticentes, hesitantes, medrosos e duvidosos! Na
verdade, vivem suprimindo coisas, fatos, sonhos ou ideias, no intuito de que,
na dúvida, seus desejos venham ser lesados ou traídos!
No início,
levantam falas adequadas e questões maravilhosas, construindo ideias geniosas e
precisas! No entanto, acabam deixando tudo no meio do caminho, não os deixando
fluir; sendo incapazes de terminá-los, de desenvolvê-los e de adaptá-los! São,
por natureza, imaturos, frágeis e inseguros, silenciando aquilo que poderia ser
útil e agradável!
Indivíduos "travessões" - São os
considerados atravessadores, saltitantes e inquietos! Tem o costume de
interromperem hábitos e padrões, saindo de um lugar para se posicionarem em
outro! Vivem pulando objetivos, desmanchando sonhos e desestimulando tarefas,
usados sempre de escalas numéricas!
Geralmente não
tem padrões e nunca sabem o quer, vivendo pulsados de grau em grau! São ágeis
na verdade, ora subindo etapas ora saindo de suas posições iniciantes!
Devida pressa,
vivem guiados por ideias constantes e repetitivas, manifestando-se
sobressaltadamente, e sendo muito ágeis e astutos! No entanto, conseguem passar
facilmente pelos obstáculos, para não gerarem conexões, questões ou atritos
vizinhos!
Indivíduos "dois pontos" - São
chamados de "bons administradores", sendo considerados aplicadores,
citadores ou referentes! São os que se anunciam, esclarecem e explicam detalhadamente,
levados por inúmeros pormenores!
Normalmente se
observam gestos em suas falas, quando expressam ideias por meio de descritivos,
objetivos e clarezas! Vivem sugestivos a evidências, quase sempre às vistas de
todos, quando pausam para respirar no propósito de fazerem citações!
O intuito é de
ouvirem para depois opinarem, sendo legítimos e minuciosos nas suas
explicações, usados de observações, teses e notas! Entre eles, tudo é feito com
maior segurança, cuidado e muita atenção, para não serem sugestivos a erros e
falhas!
Indivíduos "ponto e vírgula" - São os
que gozam de elevada admiração, pela sua capacidade de pensar, raciocinar e
refletir antes de agir! São os chamados precavidos e acautelados, sabendo
pausar o que lhes aborrecem ou aquilo que lhes sobrevém de maneira duvidosa!
Procuram evitar
os perigos, sobrecargas, conflitos e questões mal definidas, usando o máximo de
cautela! São indivíduos autênticos que, mesmo caindo, tem convicções e
esperanças para continuar prosseguindo em frente!
Indivíduos "pontos de interrogação" - Podem
ser chamados de curiosos, enxeridos, questionadores e perguntadores! Vivem
sondando naturezas e suspeitando os hábitos dos outros, levados pelo número
exagerado de inquéritos, questões e interrogatórios!
Tem a função de
induzir outrem com perguntas tolas, indiscretas e duvidosas! São, por natureza,
indivíduos conflitantes, devido atritos, exames e perguntas sem fim! Não fazem
além de questionar, indagar e discutir; pondo-se, até entre si mesmos,
conflitos, dúvidas e divisões!
Indivíduos "pontos de exclamação" - São
docilmente chamados de "sensíveis poetas", devida maneira de
expressar seus sentimentos! Tem o costume de serem obedientes e submissos,
mantidos numas consciências íntimas, misericordiosas e puras, quando associadas
as implicações externas do dia a dia!
Na verdade, considerados
dóceis, não deixam de compadecerem da desgraça alheia! Impressionam-se
facilmente, não voltados para escândalos!
Mas, porém,
devida sensibilidade alta, se abalam com maior frequência, não suportando os
abalos múltiplos e as interjeições! Aliás, não sabem lidar com surpresas,
sustos e problemas, ou mesmo, não conseguem parar de sofrerem por algo tido
como desnecessário!
Indivíduos "vírgulas" - São
indivíduos breves, ligeiros e de poucas palavras! Tem o costume de fazerem
separações ou acepções, abreviando termos e assuntos vizinhos!
A maioria visa
um comportamento artificial, alterável, frequentemente voltado a mudanças de
lua! De um lado são dóceis, amigos, gentis e sinceros; doutro, não passam de
militantes hostis, que não provocam, mas também não perdoam; que não debocham,
mas também não instruem!
Indivíduos "Pontos finais" - De todos
citados e analisados até agora, os indivíduos pontos finais são os que mais
chamam atenções! São aqueles que põem termos, concluem resultados e se dão a
pausas máximas!
São considerados
autênticos e determinados, pondo fim a prática de resoluções inacabadas: Se
sim, sim; se não, não! E nunca usam o talvez! São os que fecham argumentos,
aniquilam conflitos e encerram questionamentos, independente dos resultados, se
bons ou ruins!
Facilmente sabem
donde parar, indo até o fim com seus objetivos!
Vimos, portanto,
que a regra da pontuação realmente possa muito bem nos servir de comparativos,
no intuito de nos auto definir, nos distinguir e nos conhecermos melhor, devido
valor que se tem os parênteses, as aspas, as reticências, os travessões, os
dois pontos, o ponto e vírgula, os pontos de interrogações, os pontos de
exclamações, as vírgulas e os pontos finais!
A lógica de tudo
é que, usando essas práticas ortográficas, fica fácil concluir que todos os
indivíduos se equivalem de encaixes, ajustes e adaptações, sejam eles úteis ou
improváveis, semelhantes ou pressupostos!
O importante é
não questionarmos qual seja nosso teor, devendo de nos auto firmar diante de
nossas características, aptidões e expressões autênticas! Só assim nos
certificaremos de nosso conteúdo interior e de nossa naturalidade junto à
gramática!
Então,
tirando induções dos sinais gráficos aqui se revelados, e diante de tais
características apresentadas em formas abreviadas, pergunto-vos: Em qual sinal
gráfico você realmente se encaixa?
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